Siempre en mi corazón
Zemaria Pinto
A distância, o tempo, a solidão não servem para medir a ausência. Eu sei que vocês vão rir, mas, acreditem, ele está presente o tempo todo, não sei se no meu coração ou na minha mente. Ou na minha vontade. No meu desejo que arde. Nas memórias doces e amargas, uma infinidade de véus que vão revelando lembranças apagadas. É como se ele tivesse ido para a guerra, para a linha de frente, para a certeza da morte. Mas eu devo esperá-lo. Enquanto ele estiver vivo, enquanto o inimigo não o fuzilar, eu devo esperá-lo.
Siempre en
mi corazón (1941),
de Ernesto Lecuona (Cuba, 1895-1963). Bolero.
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