Quando peguei o meu surrado exemplar de O Fazedor, para transcrever o poema que está publicado hoje no Fingidor, deparei-me, borgeanamente, com uma tradução da quinta estrofe, com a minha letra, sem qualquer outra observação. A "minha" tradução pareceu-me bem melhor que a do livro. No Google, fui atrás de outras traduções e achei várias, usando, com o mesmo significado, "face", "rosto" e "cara". Lendo o original, matei a charada: Borges usa a palavra "cara" e não "rostro" ou qualquer outra. Vejam se não fica mesmo melhor:
Às vezes, pelas tardes, uma cara
Nos olha lá do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nossa própria cara.