Amigos do Fingidor

quinta-feira, 19 de junho de 2025

A poesia é necessária?

 

Bilhete Em Papel Rosa

Adélia Prado

A meu amado secreto, Castro Alves.

 

Quantas loucuras fiz por teu amor, Antônio.

Vê estas olheiras dramáticas,

este poema roubado:

“o cinamomo floresce

em frente do teu postigo.

Cada flor murcha que desce,

morro de sonhar contigo”.

Ó bardo, eu estou tão fraca

e teu cabelo é tão negro,

eu vivo tão perturbada,

pensando com tanta força

meu pensamento de amor,

que já nem sinto mais fome,

o sono fugiu de mim. Me dão mingaus,

caldos quentes, me dão prudentes conselhos,

eu quero é a ponta sedosa do teu bigode atrevido,

a tua boca de brasa, Antônio, as nossas vidas ligadas

Antônio lindo, meu bem,

ó meu amor adorado,

Antônio, Antônio.

Para sempre tua.

 

terça-feira, 17 de junho de 2025

Bloomsday em Manaus

 Pedro Lucas Lindoso

 

Os sudestinos subestimam Manaus. No “boom” da borracha nós tivemos o maior PIB nacional. Onde há dinheiro a cultura floresce. Foi assim no Renascimento. Acontece em todo lugar. E aqui corre dinheiro. E mais: a cidade já deu gente como Claudio Santoro, Thiago de Mello, Márcio Souza, Milton Hatoum, Elson Farias.  A lista é enorme. E um caboclo formidável que organiza o Bloomsday aqui. O Nelson Castro. Sim. Temos movimento cultural. Temos gente que gosta e conhece Literatura. Temos Bloomsday.

James Joyce é, sem dúvida, uma das figuras mais influentes da literatura do século XX. Seu impacto vai muito além do seu tempo, pois sua obra desafiou as convenções narrativas tradicionais e abriu caminhos para a modernidade na literatura. Entre suas criações mais célebres, destaca-se Ulisses, uma obra monumental que retrata um dia na vida de Leopold Bloom, na cidade de Dublin, em 16 de junho de 1904.

Joyce não foi apenas um romancista; foi um inovador do idioma, um mestre na técnica do fluxo de consciência, que busca retratar os pensamentos mais íntimos e complexos de seus personagens. Ulisses é considerado um verdadeiro épico urbano, uma celebração da cidade de Dublin, suas pessoas, suas histórias e suas emoções. Sua importância reside na sua capacidade de transformar o cotidiano em uma obra de arte, elevando o trivial ao sublime, e desafiando o leitor a uma leitura atenta e sensorial.

O Bloomsday é uma celebração anual que acontece justamente no dia 16 de junho, data em que se passa toda a narrativa de Ulisses. Essa data foi escolhida porque representa o dia em que Leopold Bloom vive suas aventuras na história. Desde a sua criação, na década de 1950, o Bloomsday virou uma espécie de homenagem a Joyce e a sua obra, reunindo leitores, estudiosos e admiradores em Dublin e em várias partes do mundo. Durante as celebrações, é comum que as pessoas revisitem os locais descritos no livro, leiam trechos da obra, assistam a peças teatrais, participem de leituras públicas e até mesmo revivam as experiências do personagem principal.

O Bloomsday é mais do que uma comemoração literária; é um símbolo de como a literatura pode criar laços entre as pessoas, transformar uma cidade, e eternizar uma obra através do tempo. Joyce, com sua genialidade, mostrou que a narrativa pode ser uma janela para a alma de uma cidade e de seus habitantes. E, ao celebrar esse dia, mantemos viva a chama da inovação, da criatividade e do amor pela leitura.

Assim, James Joyce permanece como um gigante na história da literatura, e o Bloomsday como uma celebração vibrante de sua visão única do mundo — uma homenagem eterna a um dia, uma cidade, um homem, e a toda a magia que a literatura pode proporcionar. E claro, aqui em Manaus, como em toda cidade onde se lê e produz Literatura, comemora-se o Bloomsday. Por que não?


Valor da amizade

Pedro Lucas Lindoso

 

Viúvo aos trinta anos, Manuel volta a morar com sua mãe. Desde que perdeu sua mulher, dedica-se a cuidar de pessoas em situação de rua. Também faz visitas constantes a creches e asilos.  Montou uma equipe de voluntários. Nesse grupo se destaca seu grande amigo de infância, o João.

Há cerca de três meses, Manuel enfrenta um diagnóstico terrível e inesperado. Agora, na quietude de um quarto silencioso, sob a luz tênue de uma manhã que parecia não chegar, Manuel sabia que seus dias estavam contados. Sua pele pálida, os olhos fundos, mas o coração aquecido pela presença de quem mais amava — sua mãe Maria e seu amigo João. Ali, na beira de sua cama, uma última esperança se acendia: a de deixar uma mensagem de amor, de gratidão e de amizade verdadeira.

Manuel, com os olhos marejados, segurou a mão de João, seu amigo de longa data, e com voz fraca, mas cheia de significado, pediu algo que carregaria no coração para sempre: que João cuidasse de sua mãe, que amparasse Maria, aquela mulher que lhe dera a vida e o ensinara a amar. E João, com lágrimas silenciosas, prometeu — não só cuidar de Maria, mas honrar a amizade que os unia, aquela amizade que resistiu às tempestades da vida e que agora se mostrava ainda mais preciosa.

A amizade entre João e Manuel era uma história de afeto, de companheirismo e de respeito mútuo. Desde os tempos de infância, compartilhando sonhos, dificuldades e alegrias, eles aprenderam que o verdadeiro valor de uma amizade é medido nos momentos difíceis. Quando a doença veio silenciosa, Manuel soube que podia confiar em João, assim como confiava no amor de sua mãe. E foi nesse momento de despedida que a amizade se revelou mais forte — uma ponte de solidariedade e esperança.

A despedida de Manuel nos ensina uma lição fundamental: valorizar nossos amigos. Pessoas que nos acompanham na jornada da vida, que oferecem seu apoio sem esperar nada em troca, são nossos maiores tesouros. E amar a nossa mãe, demonstrar gratidão, é uma dívida que carregaremos para sempre. Não há maior ato de coragem e de amor do que cuidar de quem nos deu a vida, mesmo quando ela já não está mais conosco.

Que a história de Manuel, João e Maria inspire cada um de nós a cultivar amizades sinceras e a valorizar o amor de nossas mães. Pois, no final, são esses laços que nos dão sentido, que nos mantêm de pé, mesmo diante das adversidades mais incontornáveis. E que, na despedida, possamos deixar para o mundo a mensagem de que o verdadeiro valor da vida está no amor, na amizade e na gratidão que carregamos em nossos corações.

Não conheço essas pessoas. Essa história me foi contada por uma amiga de Brasília. Lembrou-me que Jesus, sendo crucificado, pediu a João, que estava com Maria e Madalena ao pé da cruz, que tomasse conta de sua mãe. A história reflete o valor de uma amizade. Uma linda amizade.

 

domingo, 15 de junho de 2025

sábado, 14 de junho de 2025

quinta-feira, 12 de junho de 2025

A poesia é necessária?

 

Mar e Lua

Chico Buarque

 

Amaram o amor urgente

As bocas salgadas pela maresia

As costas lanhadas pela tempestade

Naquela cidade

Distante do mar

 

Amaram o amor serenado

Das noturnas praias

Levantavam as saias

E se enluaravam de felicidade

Naquela cidade

Que não tem luar

 

Amavam o amor proibido

Pois hoje é sabido

Todo mundo conta

Que uma andava tonta

Grávida de lua

E outra andava nua

Ávida de mar

 

E foram ficando marcadas

Ouvindo risadas, sentindo arrepios

Olhando pro rio tão cheio de lua

E que continua

Correndo pro mar

 

E foram correnteza abaixo

Rolando no leito

Engolindo água

Boiando com as algas

Arrastando folhas

Carregando flores

E a se desmanchar

 

E foram virando peixes

Virando conchas

Virando seixos

Virando areia

Prateada areia

Com lua cheia

E à beira-mar

 

quarta-feira, 11 de junho de 2025

Apresentação de Fragmentos de Silêncio

 Simão Pessoa[*] 


Quando a gente lê esses Fragmentos de Silêncio, do Zemaria Pinto, a sensação que se tem – a mais imediata – é de intensa alegria. Não que o poeta seja um cândido otimista incurável e que passe o tempo todo afirmando que esse é o melhor dos mundos possíveis. Não se trata disso. Refiro-me a uma alegria que está nas frases, nas palavras, independente às vezes até do que ele está dizendo. Uma alegria de dizer as coisas, de misturar sensações e pensamentos, fatos de agora e de ontem – um exercício pleno de liberdade.

Zemaria Pinto tem uma curiosa maneira de encarar a realidade marrom glacê e a partir daí construir seus poemas. Melhor ainda: de escrevê-los, porque a palavra construir não expressa com propriedade esse desenrolar tão solto da linguagem, que é a maneira que ele tem de dizer as coisas. É uma maneira simples, entendam bem, que não é, rigorosamente, simples. Sua naturalidade consiste em manter a linguagem no nível coloquial, valendo-se não apenas de formas comuns de falar, mas também da matéria cotidiana, vulgar às vezes, parte da experiência de todo mundo. Não é fácil, porém, o processo de organização dessa matéria. E daí que a espontaneidade do discurso esconde uma complexidade de elaboração e uma maestria sublimes: um domínio que não é habilidade em lidar com palavras, ou não é apenas isso, porque as palavras, em seus poemas, não são objeto de manipulação, ou raramente o são. Zemaria domina a linguagem na medida em que se identifica de tal modo com ela que, quando escreve, a linguagem é seu jeito de ser, de fazer-se e refazer-se, de inventar-se, recuperar-se. Pois é assim, acredito, que sempre se dá o milagre da poesia, de um modo pessoal e intransferível, próprio de cada poeta.

Os poemas de Zemaria Pinto, apesar de rigorosamente artesanais, estão isentos daquele formalismo borocoxô e meio senil que faz a glória das academias de letras e dos grêmios literários parnasianos. Não refletem, ou melhor, não demonstram qualquer preocupação com a coerência e a concisão. Nem com a originalidade pós-retrô que, quando obsessiva, conduz ao empobrecimento e ao hermetismo – doença de alguns maus poetas que concebem a poesia como algo distante da realidade comum e, portanto, distante das pessoas. E isso, exatamente, é o que não acontece com Zemaria Pinto: ele se sabe vivendo a mesma vida de todos e é dessa vida comum que ele desentranha o poema, na base do fórceps ou da porrada.

Vou mais longe: a exemplo dos poetas da Geração Beat, ele não quer desligar os poemas desse mundo banal, antes evita que isto aconteça, misturando sua linguagem de poeta com a linguagem do dia-a-dia, citando frases de conversas que, no conjunto do poema, revelam sua universalidade. Nesse contexto, ele também mistura a experiência excepcional, impactante, à experiência banal – o contexto cotidiano onde a poesia fulge de repente, como fulge de repente no contexto banal da linguagem. Não há uma coisa sem a outra: a poesia nasce do prosaico, a originalidade, do vulgar.

Dentro desse arco-íris de cores quentes – em que se confundem o insondável e o pé no chão – Zemaria pinta e borda, bebe e trepa, ama e trabalha, destila angústias e humor ferino, para realizar uma poesia cristalina, sem concessões à babaquice ou ao regionalismo piegas. Uma poesia que, por isso mesmo, desenvolve-se à margem dos grandes dramas sociais, mas que nem por isso deixa de ser tão atual quanto amazônica.

  Mesmo que uma declaração dessas pareça pretensiosa ou que provoque choros e ranger de dentes na fogueira das vaidades barés, considero o Zemaria Pinto o poeta mais lúcido, brilhante e talentoso da minha geração, o que não é pouca porcaria.

Lendo esses Fragmentos de Silêncio vocês vão descobrir o porquê. 




[*] Publicado nas duas edições do livro: em 1995 e em 1996, pela EDUA.

terça-feira, 10 de junho de 2025

Classificados de outrora

Pedro Lucas Lindoso

 

A expressão “anúncios classificados” tem sua origem na maneira como esses anúncios eram organizados e apresentados nos jornais tradicionais.  Com o crescimento da imprensa, os jornais começaram a incluir anúncios comerciais e pessoais para atender às necessidades da sociedade. Como a quantidade de anúncios aumentava, tornou-se necessário uma forma de organizar essas informações de maneira fácil para os leitores.

A palavra “classificados” veio do fato de os anúncios serem agrupados por categorias específicas, como imóveis, empregos, veículos, serviços, entre outros. Essa organização foi popularizada nos jornais de língua inglesa, especialmente nos Estados Unidos.

 Os jornais começavam a criar seções específicas para diferentes tipos de anúncios, e essas seções passaram a ser chamadas de “classified ads” (no original em inglês). No português, esse termo foi adaptado como “anúncios classificados”, referindo-se justamente a esses agrupamentos por categorias.

O Jornal do Commercio de 1 de março de 1965, há sessenta anos atrás, ainda não utilizava a expressão “classificados”. Mesmo porque a página dedicada aos anúncios dividia-se em ANÚNCIOS POPULARES de um lado e COMERCIO E NAVEGAÇÁO do outro. E era tudo junto e misturado. Oferta de empregos para empregadas, amas, copeiras e pracistas. Vendiam-se coisas que hoje muitos não conhecem: Lambretas, Simca tufão, Carros DKW e, claro, os inesquecíveis Volkswagen. Uma eletrola Franklin e a coleção completa do Tesouro da Juventude.

A Usina Rian, localizada na Av. Floriano Peixoto, 79, anunciava a venda de SAL. Assim mesmo, em “caixa alta”. Vários pequenos anúncios de BACARDI, o melhor ron do mundo. Outros minis anúncios de suco de frutos “MAGUARY”. Uma delícia para toda a família. Esses parecem que sobrevivem até os dias de hoje.

Alguém na Leonardo Malcher vendia uma máquina de costura Long-Life, em perfeito estado. Outro vendia um barbeador elétrico Remington e um rádio Semp. Ambos seminovos e em perfeito estado. Tratar na Av. Joaquim Nabuco, a qualquer hora do dia e sábados e domingos. A venda devia ser mesmo urgente.

O Dr. Oswaldo Gesta, que foi obstetra de minha saudosa mãe, anunciava sua prestigiada clínica de ginecologia e obstetrícia à Rua Barroso, 62.

Na área de navegação, A Comissaria de Despachos Reis, agentes em Manaus de Joaquim Fonseca e Companhia, listava seus navios mercantes: URÁNIA, TAUETÉ, TAUASSU e EDUARDO. Todos motorizados e aceitando carga para Porto Velho e Belém.

E, last but not least, THE BOOTH STEAMSHIP COMPANY LIMITED, a conhecida BOOTH LINE, com sede em Liverpool. O Navio DENIS chegaria no dia 20 de março, proveniente de Liverpool e dia 24 do mesmo mês partiria de volta para Rotterdam e Liverpool. Já o VERAS, procedente de New York, faria parada em Manaus com destino a Iquitos no Peru. O VAllIENTE também vindo de New York atracaria em Manaus e dois dias depois zarparia de volta para New York. Os amazonenses tinham linha direta para os Estados Unidos e Europa. Não necessitavam descer para o Rio de Janeiro ou São Paulo. Bons tempos. Hoje, os anúncios praticamente sumiram dos grandes jornais. Agora tudo é pela internet. Outros tempos.



domingo, 8 de junho de 2025

quinta-feira, 5 de junho de 2025

A poesia é necessária?

 

Três haicais de primavera

Gracinete Felinto


 

Na estação das flores,

belas manhãs de setembro.

Borboletas dançam.



Nas paredes, flores

descem enfeitando o prédio,

início da estação.

 


No vaso, uma flor

dedicada à estação.

Lá fora, perfume.



terça-feira, 3 de junho de 2025

Como se tornar amazonense

Pedro Lucas Lindoso

 

Uma jovem me pediu uma mentoria. Achei aquilo inusitado. O que seria uma mentoria? Então você quer que eu lhe dê conselhos? Ela me disse que sim. Gostaria que eu a ensinasse a ser amazonense. Estranho isso. Perguntei-lhe o motivo. Ela disse que preferia não contar. Mas que aguardava ansiosa por meus conselhos. Minha mentoria. Disse-lhe que de fato era amazonense e filho de amazonenses. Mas que havia vivido por mais de trinta anos em Brasília. Talvez estivesse um pouco descaracterizado. Ela me disse que justamente por isso eu faria uma boa mentoria. Por ter sido exposto a outras vivências.

Disse-lhe então que poderia lhe dar algumas dicas. Não seria nem mentor nem conselheiro. Teríamos um prazeroso bate-papo. E comecei dizendo que deveria gostar de tacacá, de farinha do Uarini, pimenta murupi e caldeirada de peixe. Sim, deveria saber ticar um peixe. Informou que já gosta de peixe, tacacá e pimenta.  Mas não sabia ticar peixe. Ficou de aprender com a sua cozinheira já no dia seguinte.

Pareceu-me bem determinada. Já sabia o básico. Deveria ir ao centro, merendar ovo coberto com suco de maracujá. Pedir do vendedor uma coxinha de massa de mandioca e recusar a coxinha de trigo. Não chamar bombom de bala. Bala só de cupuaçu ou castanha. Chamar cabide de cruzeta, menino de curumim e menina de cunhatã. Se você não souber o nome do porteiro ou do zelador, pode chamá-lo de “seu menino”. Se no Sul fala-se vigiar o carro, aqui é reparar. A gente repara crianças também. E repara também outras coisas. O que deve e o que não deve.

 Pode-se usar a expressão “telezo” entre amigos. Mas acusar alguém de leseira baré pode ser constrangedor. Amazonense gosta de tomar banho de chuva quando criança. Mas quando adulto, se chove muito, chama a chuva de toró, nunca tempestade. E fica em casa. Não sai nem para ser enterrado. Deixa para o dia seguinte.

Tem que torcer por um boi. Se for Garantido, evitar vestir a cor azul e nem pronunciar o nome do Caprichoso. Dizer que é o boi contrário. Gostar mais de toada de boi do que samba, gostar de praia de rio e banho de igarapé.

Ser amazonense raiz é mais do que nascer na maior floresta tropical do mundo. É mergulhar de cabeça na essência de uma cultura riquíssima. É preciso aprender a respeitar e valorizar a floresta. Não basta admirar sua beleza de longe; é preciso entender seu ritmo, sua riqueza e diversidade.

Um verdadeiro amazonense se orgulha de sua história. Conhece as lendas indígenas, as histórias dos seringais, o valor da floresta para a sobrevivência de todos. Sabe receber as pessoas com um sorriso, dividir um peixe assado na beira do rio.

Ser amazonense raiz também implica em estar conectado com a natureza de maneira consciente. Valorizar os rios, as matas, os animais. Defender a floresta e seus povos, porque ela é nossa fonte de vida e identidade.

 É preciso amar esta terra de verdade — com orgulho, com coragem, com esperança. Porque ser amazonense é muito mais do que uma origem; é uma atitude de amor. E assim, quem abraça essa essência, vive e respira a alma do caboclo, torna-se, de fato, um verdadeiro amazonense.

 

domingo, 1 de junho de 2025