Da esquerda para a direita, José Braga (presidente da Academia Amazonense de Letras), Marilene Correa (reitora da UEA), Tenório Telles (editor da Valer e coordenador geral do Flifloresta) e Marcus Barros (secretário municipal e ex-reitor da UFAM).
A abertura do Simpósio de Natureza e Cultura na Amazônia, realizada na manhã desta segunda, 17, foi marcada pela celebração da identidade cabocla e pelo comprometimento com a defesa da região.
Convidada a realizar a abertura da atividade, a artista Cláudia Tikuna conclamou os presentes para que juntassem as mãos durante a execução da música “União dos Povos”, cuja letra foi composta no dialeto tikuna. Em pé, o público acompanhou a canção batendo palmas e marcando o compasso.
Convidada a realizar a abertura da atividade, a artista Cláudia Tikuna conclamou os presentes para que juntassem as mãos durante a execução da música “União dos Povos”, cuja letra foi composta no dialeto tikuna. Em pé, o público acompanhou a canção batendo palmas e marcando o compasso.
“Nós nunca deveremos esquecer da luta pelo que é nosso, pelo que amamos. É importante continuar resistindo”, alertou a artista.
A socióloga e reitora da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), professora doutora Marilene Correa, presidiu a palestra de abertura do Simpósio, intitulada “Amazônia – entre a invenção e a realidade”. O eixo da apresentação, que durou pouco mais de meia hora, fundamentou-se na discussão sobre a formação do imaginário amazônico como consolidação do processo articulado pelos discursos científico e ficcional. Embora opostos no que tange à metodologia, por exemplo, ambos têm uma finalidade em comum: a compreensão da realidade amazônica.
“Em se tratando de natureza e cultura na região, as contraposições entre natureza e imaginário não passam de hierarquizações”, explanou Marilene.
“Em se tratando de natureza e cultura na região, as contraposições entre natureza e imaginário não passam de hierarquizações”, explanou Marilene.
No âmbito do discurso narrativo, a produção ficcional de autores como Márcio Souza, Milton Hatoum e Paes Loureiro exerceram importância capital na construção de um imaginário local – o que, por sua vez, influi diretamente no contexto social. “As vozes ficcionais da Amazônia também produzem sonho e utopia, do qual o Flifloresta é um exemplo”, assinalou Marilene, em trecho final da palestra.