Pedro Lucas Lindoso
Preciso falar sobre o hoje. O aqui e agora. Porque o passado já é história. O passado é
imexível. O que passou passou.
Ficar remoendo tristezas do passado. Para que? Tristezas não
pagam dívidas. Numa acalorada discussão, um dos desafetos intimidou o outro
ameaçando-o revelar seu passado. Quanta covardia. O passado de cada um é
personalíssimo. Há que ser respeitado e preservado.
Os sábios nos aconselham a não remoer fatos pretéritos que
possam trazer dor e ressentimentos. Em Inglês se diz: “let bygones be bygones”.
Em tradução livre, equivale a águas passadas não movem moinhos.
Também não quero me ater ao futuro. O que será o amanhã? A
música nos desafia a responder. O que está por vir. As possibilidades. Planos.
Sonhos. Mas tudo são incertezas.
Sabemos que o passado influencia o presente. O presente molda
o futuro. O futuro é construído sobre o passado e o presente.
Refletir sobre esses conceitos pode nos ajudar a aprender com
erros e acertos e valorizar o momento presente. Porque o futuro não existe e a
Deus pertence.
O hoje. Esse sim é o que importa. As coisas presentes. O
tempo presente. O presente, o momento atual. É onde estamos agora. É o ponto de
intersecção entre o passado e o futuro.
Quero louvar a instantaneidade. Quero ater-me ao que está
acontecendo agora. Quero a realidade. O que posso ver, ouvir e sentir agora.
Preciso apreciar este momento. Preciso viver intensamente.
Preciso também ser grato. Perdoar. Valorizar o que tenho.
Quero que o hoje me oportunize para mudar, para crescer e
superar obstáculos.
Quero o hoje para inspiração. Para criar. Inovar e fazer
poesias e crônicas.
Parafraseando Dolores Duran. Hoje eu quero rosas. Quero as
rosas mais lindas. Rosas que exalam perfumes. Para enfeitar e perfumar o hoje.
O meu hoje. O hoje dos meus amores. Da minha família. Dos amigos.