Amigos do Fingidor

terça-feira, 26 de novembro de 2024

Hoje eu quero hoje

 Pedro Lucas Lindoso

 

Preciso falar sobre o hoje. O aqui e agora.  Porque o passado já é história. O passado é imexível. O que passou passou.

Ficar remoendo tristezas do passado. Para que? Tristezas não pagam dívidas. Numa acalorada discussão, um dos desafetos intimidou o outro ameaçando-o revelar seu passado. Quanta covardia. O passado de cada um é personalíssimo. Há que ser respeitado e preservado.

Os sábios nos aconselham a não remoer fatos pretéritos que possam trazer dor e ressentimentos. Em Inglês se diz: “let bygones be bygones”. Em tradução livre, equivale a águas passadas não movem moinhos.

Também não quero me ater ao futuro. O que será o amanhã? A música nos desafia a responder. O que está por vir. As possibilidades. Planos. Sonhos. Mas tudo são incertezas.

Sabemos que o passado influencia o presente. O presente molda o futuro. O futuro é construído sobre o passado e o presente.

Refletir sobre esses conceitos pode nos ajudar a aprender com erros e acertos e valorizar o momento presente. Porque o futuro não existe e a Deus pertence.

O hoje. Esse sim é o que importa. As coisas presentes. O tempo presente. O presente, o momento atual. É onde estamos agora. É o ponto de intersecção entre o passado e o futuro.

Quero louvar a instantaneidade. Quero ater-me ao que está acontecendo agora. Quero a realidade. O que posso ver, ouvir e sentir agora.

Preciso apreciar este momento. Preciso viver intensamente. Preciso também ser grato. Perdoar. Valorizar o que tenho.

Quero que o hoje me oportunize para mudar, para crescer e superar obstáculos.

Quero o hoje para inspiração. Para criar. Inovar e fazer poesias e crônicas.

Parafraseando Dolores Duran. Hoje eu quero rosas. Quero as rosas mais lindas. Rosas que exalam perfumes. Para enfeitar e perfumar o hoje. O meu hoje. O hoje dos meus amores. Da minha família. Dos amigos.