Pedro Lucas Lindoso
Sou
torcedor do Fluminense. Mas desde o início da Copa de times torci por todos os
times brasileiros. Principalmente, pelo FLU é claro. Esperava que nas quartas de final desse
campeonato todos os brasileiros fossem
torcer pelo meu time. Afinal era o único time brasileiro que restava.
Penso
que seria uma forma de torcer pelo Brasil. Foi um convite aos brasileiros para
carregar uma bandeira invisível, uma esperança coletiva que conectaria o
torcedor às raízes do futebol brasileiro. Agora não importa mais o resultado.
Perdemos o jogo. O que importa é o sentimento de que torcer pelo Fluminense,
naquele momento, significou algo maior. Torcer pelo Fluminense no 8 de julho de
2025 foi torcer pelo Brasil. Simples assim.
O
futebol, assim como a vida, é feito de altos e baixos, de vitórias e derrotas,
de lágrimas e sorrisos. E o torcedor, não só do Fluminense, mas os torcedores
de todos os times do Brasil, são apaixonados. Uma paixão vibrante.
Quando
o Fluminense entrou em campo, o coração do torcedor pulou forte. Um pênalti que
nos favorecia. Acabou não marcado. Um juiz francês. C’est la vie. E aí vem a
questão do "secar". Secar o time adversário, combater o rival com
estratégias que muitas vezes beiram a antipatia, o ridículo. Naquele momento em que o FLU representava o
futebol do Brasil. “Secar” pode ser
apenas uma demonstração de insegurança, de falta de empatia. Assim, ao invés de
valorizar o que o futebol tem de mais belo: a paixão, a história, o respeito.
Torce pateticamente contra.
Independentemente
do que aconteceu naquela semifinal da Copa de Times, valeu fluzão. João Pedro,
nosso algoz, foi cria da casa. Porque, no fundo, o futebol é isso: uma
narrativa de esperança que nos faz acreditar que sempre haverá outros jogos.
Logo vai chegar um novo sonho a conquistar.
Afinal,
como negar a beleza de um clube, que já viveu momentos gloriosos e, mesmo nas
horas difíceis, mantém-se firme, como um símbolo de esperança. E que dizer do
seu torcedor? Aquele que, mesmo diante de adversidades, não abandona a
esperança, que canta nas arquibancadas, que vibra com cada gol.
Portanto,
que todos os brasileiros possam entender: aqueles que apoiaram o Fluminense
naquele final de copa foi uma forma de amar o Brasil. De celebrar nossas cores,
nossas tradições, nossa paixão. E que, ao invés de secar, possamos torcer com
alegria, com respeito e com orgulho. Porque, no final das contas, o verdadeiro
espírito patriótico está em valorizar aquilo que nos une — o amor pelo futebol,
pela nossa Cultura e pelo nosso país. Ficamos na semifinal. Mas, valeu,
Fluminense!