Pedro
Lucas Lindoso
Domingo.
Dia dos pais. Não vou polemizar sobre o caráter comercial da data.
Gostaria muito que meu pai fosse vivo para lhe dar um perfume, uma gravata ou o
último livro do Humberto Eco.
No Brasil, comemora-se o dia dos pais no
segundo domingo do mês de agosto. Já em outros países de tradição católica como
Portugal, Itália e Espanha, o dia dos pais é comemorado dia 19 de março, dia de
São José. Na maioria dos países como nos Estados Unidos, na maior parte da
Europa e no resto da América Latina, comemora-se no terceiro domingo de junho.
Austrália e Nova Zelândia, como o Brasil, fogem à regra e comemora-se o dia dos
pais no primeiro domingo em setembro.
Penso que escolheram agosto para celebrar os
pais brasileiros porque em 12 de junho, véspera de Santo Antônio, é dia dos
namorados. Em muitos países é 14 de fevereiro, dia de São Valentim. Fevereiro
por aqui é carnaval. E só.
Muitos não têm o privilégio de ter conhecido o
pai. Com a legalização da homoafetividade, temos pessoas que têm dois pais ou
duas mães. Existem os pais biológicos e os adotivos. Uma figura simpática é o
chamado pai de coração.
Há ainda
aqueles criados por avós e o avô torna-se um misto de pai e avô
concomitantemente.
Há os que compartilham seu pai com irmãos de
casamentos distintos. Tenho um irmão com quatro filhos. É um grande pai. Dois filhos do primeiro casamento e dois de
um segundo. Os quatro se amam e se respeitam. Isso nem sempre acontece. O mérito é desse meu irmão. Ele reúne os
filhos com frequência e sempre os incentiva a cultivar a amizade e união, tão
bela e sublime entre verdadeiros irmãos.
Infelizmente tem os pais ausentes ou aqueles
que só se lembram dos filhos na época das deduções, quando se reajusta o imposto
de renda.
Meu pai foi um político de destaque. Um homem
importante. Mais do que tudo isso, foi um pai fantástico, um grande amigo.
Quanta saudade. A felicidade está naquilo que somos e no que possuímos. Eu
também sou pai e tenho um casal de filhos maravilhosos. E em breve serei vovô.
Feliz dia dos pais!