Não considero mais a felicidade
inatingível, como eu acreditava tempos atrás. Agora sei que pode acontecer a
qualquer momento, mas nunca se deve procurá-la. Quanto ao fracasso e à fama,
parecem-me totalmente irrelevantes e não me preocupam. Agora o que procuro é a
paz, o prazer do pensamento e da amizade. E, ainda que pareça demasiado
ambicioso, a sensação de amar e ser amado.
(Jorge Luis Borges (1899-1986), aos 71 anos, em Ensaio autobiográfico)