Amigos do Fingidor

segunda-feira, 21 de março de 2011

Bruno de Menezes, mais que uma simples lembrança

Jorge Tufic


Bento Bruno de Menezes nasceu em Belém do Pará a 21 de março de 1893. Faleceu em Manaus, Amazonas, a 2 de julho de 1963, quando participava do VII Festival de Folclore de Manaus, tendo sido transladado para sua cidade natal.

Além de convidado oficial, o poeta de “Maria Dagmar” e “Candunga” conviveu com seus amigos do Clube da Madrugada, recebendo o título de Cavaleiro de Todas as Madrugadas do Universo, em ato solene debaixo da árvore do mulateiro, na praça Heliodoro Balbi, centro da capital.

Esteve hospedado no Lord Hotel, rua Quintino Bocaiúva com Guilherme Moreira, onde veio a falecer, bem cedinho, após ter lido os jornais do dia, contendo, um deles, artigo de Mário Ypiranga Monteiro, também folclorista, sobre o evento que movimentava a cidade.

Lembra-me a Izabel, minha mulher, que no dia anterior ao seu trespasse, Bruno passou o dia em nossa casa, onde bebeu, cantou letras folclóricas e dançou ao ritmo dos poemas de “Batuque”.

Em 1968, por iniciativa da Prefeitura Municipal de Manaus e do Clube da Madrugada, e em nome do povo amazonense, foi-lhe erguido um busto na mesma praça Heliodoro Balbi, em frente à Policia Militar do Estado do Amazonas.

A memória que se tem de Bruno de Menezes em Manaus dá-nos apenas a idéia de um semideus que tivesse descido das alturas para visitar a taba de Ajuricaba. Ele fora constantemente louvado e aplaudido onde quer que estivesse.

Ilustração: Batuque de Bruno de Menezes, por J. Bosco.
Hoje, 21/03, comemoram-se os 117 anos de nascimento de  Bruno de Menezes.