Zemaria Pinto
caminhos que
se bifurcam, traçados
no tabuleiro
de jade, onde a besta
se deleita,
entre pétalas de pedra
e uma cascata
de sangue e absinto
caminhos
multiplicados, caminhos
de
descaminhos, em vão limitados
entre o sim
que dá passagem e o não
que abafa,
prende, verga, humilha e mata
os homens que
tenho sido se encontram
nos olhos
cegos do outro, nas mãos
rugosas do
outro, e até no hálito
apodrecido
que emana do outro
meu corpo
vaga nas escuras câmaras
feito um
camelo em meio a um maremoto