Pedro Lucas Lindoso
Encontrei-me
com Dr. Chaguinhas no Tribunal. Comentávamos com entusiasmado sobre a
Semana Internacional de Museus, cujo dia
é comemorado em 18 de maio. Disse a ele que o Dr. Adalberto Karim Antônio, juiz
e articulista do Jornal do Commercio, fez excelente palestra sobre museus e sustentabilidade
na sede do IGHA – Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. Naquela manhã,
o museu do Instituto recebia um grupo grande de alunos de uma escola pública.
Chaguinhas
é um apaixonado por museus. Ao ponto de passar vinte dias de férias em Paris,
exclusivamente dedicados a visitação do Louvre.
Chaguinhas
não se conforma com o fechamento do Museu de Ciências Naturais da Amazônia, que
ficava localizado na Colônia dos Japoneses, aqui em Manaus. Conhecido como
Museu do Japonês.
Por
lá, havia coleções de animais empalhados e um vasto acervo em taxionomia. Parte
da Botânica e da Zoologia que trata da descrição, identificação e
classificação, o acervo taxionômico do museu em borboletas, insetos, aranhas e
peixes raros da região era significativo e não deveria ser relegado ao abandono
e fechamento definitivo.
Um aquário enorme abrigava pirarucus e
tambaquis. Esses provavelmente já foram
objeto de nutrição para humanos, mas onde estariam os insetos, os enormes
besouros e as fabulosas aranhas amazônicas?
Chaguinhas
já foi um exímio colecionador de borboletas e não se cansa de indagar pelo
destino da coleção de borboletas do acervo do Museu de Ciências Naturais.
Perguntei
a ele o que o atraia tanto nas borboletas. Chaguinhas me disse que era a
metamorfose. A transformação de um ser em outro. A Mudança de forma e de
estrutura que ocorre no monstro lagarta ao se transformar na bela borboleta.
–
Se você souber onde se encontra aquele maravilhoso panapaná, que estava no Museu do Japonês, me avisa.
–
O que é panapaná, Chaguinhas?
–
Então você não sabe? É o coletivo de borboletas.