O trombadinha na esquina
deixa passar a velhinha
para então, como um felino,
tomar-lhe a bolsa e o cordão.
Na fuga, encontra uma Ronda,
que lhe dispara um balaço,
abrindo um baita buraco
na altura do coração.
O corpo no chão caído,
a velhinha se aproxima,
fazendo o sinal da cruz;
e com o dedo em riste aponta
o polícia matador,
balbuciando este mantra:
era só uma criança...
era só uma criança...
(Zemaria Pinto)