Botando o pingo nos ii
Conhecida jornalista baré propôs em artigo recente o fim da crase. Confessou, humildemente (coisa rara num jornalista; tanto quanto num médico, advogado, analista de sistemas... tá bom, a lista é longa), que a maldita farpa era uma pedra no seu caminho. Cá entre nós, mais é o mourão, como diria aquela ciganinha do Lorca (informe-se).
Devagar com a louça, moça. Roma não se fez num dia. E o mundo, feito em apenas seis – sem análise de impacto, sem comissões ambientais, sem sequer a menor tabela de caminhos críticos – deu nessa meroda (nem adianta informar-se: abstraia) que está aí.
Assim como, um dia, tiraram a farpa do sete (havia uma farpinha cortando o 7 horizontalmente, para difençá-lo do 1...) e, para os informáticos pré-billgates, tiraram o farpão do zero (Ø, achavam que confundia com a letra O), proponho, como o início da reforma da reforma, a RETIRADA IMEDIATA DOS PINGOS DOS II, QUER DIZER DOS ii.
PS: o título não está errado: para tirar o pingo dos ii é necessário botá-los. Isso é pura metafísica (informe-se).