Jorge Tufic
Fiquei surpreso com o falecimento do Max Martins. Um grande amigo do Pará, ao tempo de Rui Guilherme Barata, Bruno de Menezes e Jurandyr Bezerra. Ao lado desses, estiveram conosco, em Manaus, o Benedito Nunes, o Max, este com mais frequência, e o Nazareno Tourinho. Foi a época em que a literatura apagou de vez as rivalidades de futebol entre os dois Estados: Pará e Amazonas.
Em 1961, eu obtive o primeiro lugar no concurso de poesia realizado pela Província do Pará para o Norte/Nordeste, com a apoio da SPEVEA. O segundo lugar foi do Alonso Rocha. Um tempo de muita fraternidade entre os escritores e poetas desses dois estados da federação.
Em Manaus, o Max Martins hospedava-se em casa: ele devia ter uns trinta e cinco anos e temia desaparecer aos 40 ou 41, idade em que seu pai deixara este mundo. Eu nunca vi tanto medo da morte!
Eu tenho comigo a primeira edição de O Estranho, com dedicatória do autor. Além de outros livros de sua autoria, geralmente pequenos. O Max fazia parte das reuniões semanais na casa do Bené, à rua da Estrela, em Belém. Uma bela casa, com torre medieval...