Imprensando a imprensa
Quando eu reclamo dos mano da imprensa local (superficiais, escrevem mal, titulam pior ainda) dizem que eu sou exigente. Serei, sempre. A imprensa tem poder. Nós, que estamos fora dela, estamos sujeitos à sua influência e manipulação. Mas não vou chover no molhado. O Malfazejo e o Blog do Holanda vivem cantando as pedras dos conchavos entre imprensa e governo, no Amazonas. Leia. Informe-se.
O que me tirou do sério foi um texto de Isabela Boscov, todo-poderosa crítica de cinema da poderosíssima Veja. Sempre que leio a opinião da Sra. Boscov procuro orientar-me pelo viés contrário, ou seja: se ela diz que o filme é bom tenho certeza de que é uma meroda. E vice-versa.
Comentando o filme O lutador, estrelado por Mickey Rourke, Madame Boscov consegue ser, entre pedante e simplória, engraçada. Não vou entrar no mérito da abrangência: leia a revista e tire suas próprias conclusões. Mas a parte engraçada quero dividir com você.
Comentando o mergulho fulminante de Rourke do estrelato à ruína (palavras dela), Mrs. Boscov escreve:
Quando eu reclamo dos mano da imprensa local (superficiais, escrevem mal, titulam pior ainda) dizem que eu sou exigente. Serei, sempre. A imprensa tem poder. Nós, que estamos fora dela, estamos sujeitos à sua influência e manipulação. Mas não vou chover no molhado. O Malfazejo e o Blog do Holanda vivem cantando as pedras dos conchavos entre imprensa e governo, no Amazonas. Leia. Informe-se.
O que me tirou do sério foi um texto de Isabela Boscov, todo-poderosa crítica de cinema da poderosíssima Veja. Sempre que leio a opinião da Sra. Boscov procuro orientar-me pelo viés contrário, ou seja: se ela diz que o filme é bom tenho certeza de que é uma meroda. E vice-versa.
Comentando o filme O lutador, estrelado por Mickey Rourke, Madame Boscov consegue ser, entre pedante e simplória, engraçada. Não vou entrar no mérito da abrangência: leia a revista e tire suas próprias conclusões. Mas a parte engraçada quero dividir com você.
Comentando o mergulho fulminante de Rourke do estrelato à ruína (palavras dela), Mrs. Boscov escreve:
Na fase terminal do processo, lá pelo fim dos anos 90, chegou a depender da mesada de um dos dois amigos que lhe restavam para comer.
PQP! Além de junkie (informe-se), o velho Mickey é biba? Ele tinha dois amigos para comer. Comia um de manhã e outro à noitinha, ou antes de dormir? A construção da frase é tão esdrúxula que cabe até uma leitura mais radical: o velho Mickey – junkie e biba – é também canibal. Por isso que lhe restam só dois amigos para comer. Já comeu, e jogou os ossinhos fora, como um Dr. Hannibal Lecter (informe-se) subnutrido, todos os seus outros amigos. Ô Belinha, dessa vez você se excedeu, minha filha!
Agora, falando sério (força de expressão: eu sempre falo sério). Se você quiser ver um Mickey Rourke em grande estilo, assista a Sin City, filmaço de Robert Rodriguez & Frank Miller – e Tarantino dirigindo uma cena como “diretor convidado”. A Boscov achou Sin City uma meroda!
Agora, falando sério (força de expressão: eu sempre falo sério). Se você quiser ver um Mickey Rourke em grande estilo, assista a Sin City, filmaço de Robert Rodriguez & Frank Miller – e Tarantino dirigindo uma cena como “diretor convidado”. A Boscov achou Sin City uma meroda!