domingo, 31 de julho de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
sexta-feira, 29 de julho de 2016
Portugal para principiantes 10
O rio Douro serpenteia entre Vila Nova de Gaia e a cidade do Porto. |
Constraste: em primeiro plano, o painel fotovoltaico de captação de energia solar; separados pelo Douro, a arquitetura imemorial do Porto. |
Vistos do teleférico de Vila Nova de Gaia: à direita, a ponte de D. Luiz I; à frente, vista parcial da Ribeira, no Porto. |
Detalhe do Porto, visto do teleférico. |
Rua perpendicular de Vila Nova de Gaia, com suas lojinhas de artigos para turistas. |
A ponte de D. Luiz I e – no alto, à direita – o Mosteiro da Serra do Pillar, em Vila Nova do Gaia. |
Mais da cidade, vista do chão da Vila. |
Em Vila Nova do Gaia você não se perde: em qualquer direção, haverá sempre uma cave de vinho do Porto. |
No deserto de telhados, os oásis das caves. |
Degustação de vinho do Porto, na Taylor’s: tawny, ruby e branco. |
O teleférico que, numa viagem de pouco mais de 500 metros, leva da Serra do Pillar ao centro histórico de Vila Nova de Gaia – e vice-versa. |
Gaia, o Douro, o Porto. |
Fotos e
texto: Zemaria Pinto.
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Zemaria Pinto
quinta-feira, 28 de julho de 2016
Médicos no Egito dos faraós
João Bosco Botelho
No Egito antigo, os médicos constituíam
um grupo de especialistas reconhecidos com destaque social, hierarquizados,
pagos pelo faraó, inseridos nas estruturas do poder político e trabalhavam sob rigoroso
controle administrativo: sounou, o
médico generalista, o último da escala hierárquica, essa palavra também significa:
doente, homem que trata quem tem dor e se interessa por quem sofre. É
representada pelo hieróglifo unindo a flecha, o pote e um homem sentado; mer sounou, chefe dos médicos; our sounou, grande médico; senedj sounou, inspetor dos médicos.
Junto a essa hierarquização, de certo
modo, semelhante aos dias atuais, estão claramente descritos: per âa sounou, o médico da corte; sounou grergetl, o médico das colônias; hérishef Néknet, o médico das minas e
dos templos.
As doenças eram reconhecidas como
castigo de um ou mais deuses. Entre os mais temidos se destacava Sekhmet, com
cabeça de leão, sanguinário, causador de doenças e epidemias.
O acesso à formação de médicos, nos
templos mais importantes, era exclusivo aos ricos e poderosos. É esclarecedora
a carta de Uzahor-Resinet, médico-chefe do Egito ao rei persa Dario I:
Sua Majestade, o rei Dario I, senhor de
todos os países e do Egito, encontrava-se em Elam, ocasião em que me ordenou
que fosse a Saís, no Egito. Tinha ordens para restabelecer as casas de vida que
estavam em decadência. Fiz conforme me ordenara Sua Majestade... enchi as casas
de estudantes nascidos das famílias nobres, não havia filhos de pobres em seu
meio. Coloquei à sua frente homens sábios... Sua Majestade me ordenou que
providenciasse para eles tudo que houvesse de melhor, para que estivessem em
condições de aprender e de trabalhar. Provi tudo o que era necessário,
inclusive todos os instrumentos, de acordo com os registros de tempos idos. Sua
Majestade assim procedeu por reconhecer o proveito que se tirava desta arte,
conservando a vida a todos os aflitos... e por isso fez reconstruir seus
templos e restaurar suas receitas.
A profissão médica era administrada pela
administração do faraó que impunha severas punições à má prática.
Como o deus Sakhmet era o mais importante
no panteão relacionado às curas, os sacerdotes desses templos eram os mais
requisitados pelos ricos e poderosos.
De modo bastante claro existia forte
inter-relação entre as medicinas praticadas pelos médicos e as dos sacerdotes: wabu, atuavam sob a proteção de um ou
mais deuses; sunu, curadores que não
estavam vinculados aos templos e deuses; benzedores, sem instrução médica
oficial, agiam munidos de amuletos, rezas e encantamentos.
É possível que a presença dos médicos
especialistas, descrita por Heródoto, tenha sido resposta social às doenças
mais comuns: oftalmologistas ou sounou-irty;
abdome ou sounou-khe; ânus ou nerou pehout ou nerihou phout.
Como não há registro de sistema
monetário antes do Novo Império, é possível que a remuneração dos médicos fosse
feita por meio de alimentos como indica o papiro achado junto à necrópole de
Ramsés II: dois khars (unidade de medida)
de grãos aos dois escribas, três khars
ao comerciante e um khar ao médico.
A intricada relação entre os médicos e sacerdotes
está clara na certeza de que muitas escolas de medicina estavam situadas no
templos mais importantes como os de: Memphis, Abydos, El Amarna, Coptos, Esna,
Edfou e Saïs. O diretor da escola médica de Saïs e o líder sacerdotal da deusa
Neith, a principal divindade dessa cidade usavam a mesma titulação.
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Moacir Andrade (17.03.1927 – 27.07.2016)
No melhor da forma: um naïf expressionista e anárquico, com total domínio do movimento e das cores. O Curupira. |
Aos 80 anos, ainda em plena atividade. |
Para saber mais do artista plástico e poeta Moacir Andrade, veja:
. Moacir Andrade no Palavra do Fingidor
. Moacir Andrade nO Fingidor
terça-feira, 26 de julho de 2016
Nem sob tortura
Pedro Lucas Lindoso
Era um sábado propício a ir
à praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Tia Idalina convalescia de mais uma cirurgia
plástica. A quinta ou sexta, talvez. Fui visitá-la. Idalina fazia as unhas e
arrumava o cabelo. Duas de suas sobrinhas estavam de visita e aproveitavam para
também fazer as unhas. Gentileza de tia Idalina.
– Isso aqui vira um salão
aos sábados. Disse ela. Essas meninas queridas vêm sempre me visitar. Nunca
fico sozinha.
Tia Idalina é sábia. E magnânima.
Também, pudera! Recebe seis contracheques, de fontes diversas. Professora
aposentada do estado, Idalina foi ainda bibliotecária de uma autarquia
federal. Seu falecido marido era
professor de uma universidade pública e engenheiro de uma estatal. E tem ainda
a do Exército. Seu pai era general reformado e serviu na Itália. Cinco fontes
generosas e ainda a “merreca do INSS”, a completar os maravilhosos rendimentos
mensais de Idalina.
Frequenta todas as reuniões
de associações de aposentados e sindicatos de onde é pensionista ou aposentada.
Leva sempre uma pastinha com todos os documentos. Vez por outra recebe uma
bolada extra. São indenizações trabalhistas. Há sempre parcelas de remuneração
pagas a menor, planos econômicos, verbas não pagas corretamente a aposentados.
– Esse pessoal dos
sindicatos e seus advogados são geniais, diz ela.
Assim tia Idalina ou faz
plástica ou uma grande viagem ao exterior, sempre que ganha uma grana extra da
Justiça.
Argumentei que a opção pela
plástica era por causa da alta do dólar. Mas ela disse que não e me contou,
desolada, porque resolveu fazer a sexta plástica. Estava no carro com
Antonieta, sua “best friend”, quando um motorista irritado com o trânsito
gritou:
– Suas velhas vadias.
No que ela me confessou:
– Juro que não me ofendi com
o palavrão, “vadia”. Mas me chamar de velha?... Um absurdo!
Concordei com titia. Uma
falta de respeito e de educação. Idalina não confessa a sua verdadeira idade.
Nem sob tortura.
domingo, 24 de julho de 2016
Manaus, amor e memória CCLXXIV
sábado, 23 de julho de 2016
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Portugal para principiantes 9
Lateral da Igreja das Carmelitas, na área central do Porto. |
Vista da Cidade do Porto e de Vila Nova de Gaia, tendo ao fundo, sobre o rio Douro, a ponte de D. Luís I, a unir as duas cidades. |
Ainda na Santa Catarina, mas separada da algazarra comercial, a Capela das Almas. |
Ruela típica do Porto. Típica ruela de Portugal. |
“Nossas roupas comuns dependuradas...” Ribeira, a zona boêmia do Porto, e o Muro dos Bacalhoeiros. (Zona, no sentido de área, por favor.) |
A Ribeira, no centro histórico do Porto, é Patrimônio da Humanidade. |
Parte da Ribeira, vista do Douro. |
A ponte de D. Luís I, vista do Douro. |
Fotos e texto: Zemaria Pinto.
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Zemaria Pinto
quinta-feira, 21 de julho de 2016
Deusas e deuses curadores no Egito antigo
João Bosco Botelho
É possível que as complexas
relações abstratas que envolveram deuses e deusas curadoras nas curas de
doenças e infortúnios estivessem presentes antes da linguagem escrita.
Após o sedentarismo, as
primeiras linguagens-culturas, como a do Egito antigo, ampliaram essas ideias
mantendo vivo ao longo de três mil anos o panteão de deusas e deuses curadores.
Os nomes das divindades variaram nos períodos dinásticos, todavia as concepções
teóricas da vida e da morte, da saúde e da doença, giravam em torno das
teogonias e teofanias, provavelmente, oriundas de ideias e crenças religiosas
dos tempos ágrafos.
As máscaras mortuárias, como
a de Tutancâmon, de beleza artesanal incomparável, com o objetivo de conservar
a fisionomia após a morte, relacionada com a crença no renascimento, reproduziu
prática corrente em muitas culturas, em especial, na história do povo egípcio.
Os deuses e deusas eram,
essencialmente, curadores e protetores contra o mal. Como intermediários do
poder divino, os sacerdotes representavam o panteão e a eles cabia a arte de
curar e adivinhar. Por essa razão, eram reverenciados e temidos.
Entre os principais deuses e
deusas, destacaram-se:
– Thoth, um dos mais antigos
do panteão, curou Horus da picada do escorpião e as feridas causadas pela luta
entre Horus e Set;
– Imnhotep, filho de Ptah,
representado por incontáveis estatuetas de bronze, achadas nas escavações
arqueológicas de vários períodos políticos do Egito antigo;
– Isis, a curadora de Ra,
possuía o poder de ressuscitar os mortos;
– Sechmet, a protetora das
doenças das mulheres;
– Zoser, rei da terceira
dinastia, utilizava nas correspondências a designação Sa ou aquele que cura, e,
nas inscrições do templo, o título de médico divino.
Além dos deuses e deusas, os
egípcios acreditavam que objetos tornados sagrados, tinham o poder de
influenciar a vida e a morte, a doença e a saúde:
– Sol alado: símbolo da
cosmogênese, situava-se no umbral dos pórticos dos templos, câmaras e palácios
alertando a todos sobre o extraordinário significado da luz solar;
– Kepher ou Akhpner ou
escaravelho sagrado: símbolo máximo dos ritos de iniciação, traduzindo a
regeneração e paternidade do mundo e dos homens, a renovação da vida e a vida
após a morte. Por essas razões, usado como amuletos. Até hoje, em pequenas
regiões do sul do Egito e Sudão oriental, o inseto é secado ao sol, triturado,
misturado com água e bebido pelas mulheres como tônico infalível para gerar uma
grande família;
– Uaret: a serpente naja
simbolizando o conhecimento e proteção, adornava o alto da coroa faraônica;
As práticas médicas atadas
aos deuses e deusas curadores desfrutavam de lugar especial na sociedade
egípcia antiga. Dessa forma, não é possível estabelecer, para todos os
períodos, um único entendimento, contudo, a partir das fontes médicas,
notadamente, nas da XVIII dinastia, isto é, entre 1.400 e 1.800 anos a. C.,
dominou a ideia de o homem (ser vivente) ser compreendido dividido em três
partes: corpo, espírito (representado na forma de pássaro, associado à
possibilidade de se descolar após a morte para visitar a múmia) e Ka (parte
imutável, com personalidade própria que reside no homem, presença permanente
durante a vida e após a morte).
Assim, sob essa relação,
onde a vida e a morte estavam em ordenamento próximo, como etapas sucessivas, a
Medicina era entendida como responsável pelos corpos saudáveis, empurrando
temporariamente a morte inevitável.
quarta-feira, 20 de julho de 2016
terça-feira, 19 de julho de 2016
Chegadas – Welcome to Manaus!
Pedro Lucas Lindoso
As coisas geralmente demoram
a chegar a Manaus. As coisas boas e as coisas ruins. Uma carta simples que leva
dois dias para chegar, no sudeste, aqui leva cinco. As revistas semanais
costumam também demorar. Nos anos sessenta a juventude esperava ansiosamente
pela chegada dos discos dos Beatles.
Em fevereiro, pelo carnaval,
chega a famosa boneca Kamélia. A chegada da Kamélia é um evento. Lembro-me da
chegada da Kamélia no antigo Aeroporto de Ponta Pelada. Aliás, chegadas ao
Ponta Pelada eram inesquecíveis. O avião pousava por volta de meio-dia. Quando
as portas se abriam, o nosso conhecido mormaço, reforçado por um “bafo” quente
de vento, nos dava as boas vindas a nossa querida Manaus.
Como sabemos, só se chega à cidade
de avião ou de navio. Exceto quem vem da Venezuela ou Boa Vista. Há muitos anos
fizeram uma estrada, com destino a Itacoatiara. Os topógrafos erraram o caminho
na mata. A estrada voltou em direção à Manaus. A única cidade do mundo que
tinha uma estrada assim: Manaus-Manaus.
Tia Idalina nos conta que
quando menina não havia a chegada do Papai Noel. Mas jamais se esqueceu da
chegada do elefante. Idalina relata que ninguém jamais havia visto um elefante
na cidade. Um circo, vindo de Belém por navio, trazia aquele que seria o
primeiro elefante a pisar em nossas plagas. A chegada do bicho foi de “fechar o
comércio”. Dizem que o elefante teria recebido a chave da cidade do próprio
prefeito. E subiu em cortejo pela Eduardo Ribeiro. Não havia muitos carros, mas
os bondes pararam. Uma festa inesquecível.
E agora temos outra chegada
importante. A chegada da tocha olímpica. A tocha percorreu Manaus em
um percurso de 39 quilômetros. Alterou o trânsito e a circulação do transporte
coletivo. Houve restrição de estacionamento de veículos em todas as ruas e
avenidas do roteiro. Moradores e condutores estacionaram seus carros em ruas
próximas, perpendiculares e paralelas. Assim como a chegada do elefante, a
chegada da tocha foi uma festa memorável. Se a tocha causou esse reboliço todo,
imagine-se um elefante!
Como Manaus tem um grande porto fluvial e aeroporto
internacional estamos sempre à espera de novas chegadas. Todos benvindos: reis,
presidentes, turistas, bonecas, elefantes, tochas!
Welcome to Manaus!
domingo, 17 de julho de 2016
sábado, 16 de julho de 2016
Sábato Magaldi (09/05/1927 – 14/07/2016)
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Portugal para principiantes 8
A Sé Catedral da Cidade do Porto, cuja construção original remonta ao século XII. |
Outro aspecto da arquitetura do Porto. |
Escultura? Instalação? Embelezando uma calçada no centro do Porto. |
Mais da arquitetura ímpar do Porto. |
Espetacular conjunto de azulejos no átrio da Estação Ferroviária de São Bento. No detalhe, cenas da história de Portugal. |
Em São Bento, cenas da vida banal. |
Ainda em São Bento, representação da religiosidade portuguesa. |
Acredite! Um autêntico McDonald's, com tudo o que ele tem de pior, adaptado ao cenário milenar do Porto. |
Na Praça da Liberdade, no centro do Porto, D. Pedro IV, I do Brasil, trava batalha cotidiana contra os pombos, desde 1886. |
Fotos e texto: Zemaria Pinto.
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Zemaria Pinto
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Os papiros médicos
João Bosco Botelho
As fontes históricas das práticas médicas no
Egito antigo são compostas por documentos de diferentes naturezas, reveladores
de como os egípcios, pelos menos os ricos e próximos do poder político, em
determinados períodos, se relacionavam com a saúde e a doença, a vida e a morte.
Os papiros contendo registros médicos estão
entre os mais importantes:
– Papiro Ebers: o nome corresponde ao primeiro
comprador, George Ebers, que o adquiriu, em 1872, de um desconhecido egípcio.
Os registros são possivelmente fruto de muitos autores, em torno de 1550 a.C.,
durante o reinado de Amenophis I. Alguns especialistas acreditam que é a cópia
de outro papiro mais antigo, um conjunto de textos contendo 875 receitas, nem
sempre inter-relacionados, com 20 metros de cumprimento, em perfeito estado de
conservação, que se encontra na universidade de Leipzig, na Alemanha. É de
incomensurável valor histórico, por conter importantes diagnósticos e
prescrições específicas para as doenças do coração, como o quadro clínico do
infarto do miocárdio: “Se examinares um homem que sofre do estômago, que se
queixa de dores no braço e no peito, mais precisamente na parte lateral...
Diz-se então que se trata da doença wid... Deves dizer: é a morte que se aproxima
dele”. As outras receitas orientam sobre função intestinal, digestão, dores
reumáticas, paralisia dos membros, estados gripais, doenças pulmonares, olhos,
ouvido, estômago e fígado, obstruções intestinais, mordeduras de animais, queimaduras,
cuidados com a pele e o cabelo, dentes e a língua.
– Papiro Smith: encontrado numa tumba em Tebes
e comprado por Edwin Smith, em 1862, um jovem egiptólogo americano. Apesar de
ter sido escrito, em torno de 1540 a 1600 a.C., na XVIII dinastia, do mesmo
modo que o anterior parece ser compilação de documentos mais antigos, do Antigo
Império. Trata-se de muito bem ordenado conjunto de informações de anatomia e doenças
cirúrgicas, dedicada ao diagnóstico, tratamento e prognóstico dos traumatismos,
que incluem os traumas faciais, pescoço, clavícula, úmero, esterno, tórax,
costelas, ombro, coluna lombar.
Esse papiro contém trinta e cinco tratamentos com
incrível atualidade, como o da fratura bilateral da clavícula: “Se você estiver
examinando um homem com fratura hsb em ambas as clavículas, encontrando ambas
as clavículas, uma mais curta e em posição que difere em relação à segunda,
então você tem que dizer: trata-se de uma fratura em ambas as clavículas, uma
enfermidade de que eu cuido. Você deve deitá-lo então de costas, dobrando algum
objeto para colocá-lo entre suas omoplatas. Depois deverá afastar as omoplatas
para que as duas clavículas se estiquem, de modo que aquela fratura hsb retorne
ao lugar certo”
– Papiro Berlin: escrito em 1540 a.C., na XVIII
dinastia, contém prescrições em forma de encantamentos para proteger as mães e
seus filhos;
– Papiro Londres: descreve ritos mágicos para
curar as doenças dos olhos e das mulheres;
– Papiro Kahoun: é o mais antigo dos
papiros. Escrito em torno de 2.000 a. C., abrangendo as doenças ginecológicas e
obstétricas;
– Papiro Cheaster Beatty: data da XIX
dinastia, em torno de 1.300 a.C., descreve as doenças e os tratamentos das
doenças do ânus.
O
conjunto dos papiros médicos do Egito antigo demonstra o quanto a medicina
estava presente e buscando solução para as doenças mais comuns. Realmente, é
impressionante a precisão dos diagnósticos e existência de médicos que
construíam saberes também como instrumento do aprendizado.
quarta-feira, 13 de julho de 2016
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