Amigos do Fingidor

terça-feira, 26 de setembro de 2023

Viva o Zé Gotinha!

Pedro Lucas Lindoso

 

Há dois ditados que ouço desde sempre e nos quais acredito piamente: um homem prevenido vale por dois e é melhor prevenir que remediar.

De fato, prevenção é tudo. Na Engenharia e na Administração, o Equipamento de Proteção Individual – EPI, utilizado pelos trabalhadores, para proteção contra riscos à sua segurança e à sua saúde, é fundamental. No Direito, o parecer de um advogado é importante antes de assinatura de contratos em geral.

Mas é na Medicina que a prevenção se apresenta de crucial importância. Os “check ups” ou exames periódicos devem ser feitos regularmente. Sinais de doenças podem ser detectados preventivamente e a cura é garantida.

Mas nada previne determinadas doenças com eficiência e eficácia como as vacinas. O Brasil é craque em vacinação. Em 18 de setembro 1973, em pleno Regime Militar, foi criado o Programa Nacional de Imunizações – PNI, uma das grandes conquistas da saúde pública brasileira e uma das maiores iniciativas do mundo, no gênero. Assim, nesse calorento setembro, o exitoso programa completa 50 anos de existência.

Não compreendo porque o governo anterior não prestigiou como deveria, as ações do PNI. Mas não quero polemizar em torno de ideologias. Geralmente os membros do Rotary são pessoas conservadoras. Uma das coisas que me fez aderir ao Rotary Club e nele permanecer é um dos programas carro-chefe da instituição: o END POLIO NOW.

Segundo informações de meus pais, esse cronista teria sido um dos primeiros bebês de 1957, a ser vacinado em Manaus, da vacina Salk. Essa vacina pioneira contra a poliomielite (paralisia infantil) é feita de vírus inativados, para aplicação intramuscular ou subcutânea. Em crianças pequenas.

Hoje o nosso Programa Nacional de Imunização, segundo a enfermeira Neusa, lotada no Posto de Saúde do SUS, possui cerca de 30 vacinas para imunização dos brasileiros e brasileiras. Isso é formidável. Muitos países não oferecem isso em seu sistema público de saúde.

Em nossa família, a atualização da carteira de vacinas é preocupação constante. Minhas quatro netinhas seguem sendo vacinadas com regularidade. Peço aos pais, tios, irmãos e avós que observem se os cartões de vacinação das crianças da família estão em dia. Isso salva a vida delas!

O Zé Gotinha é um personagem criado em 1986 pelo artista plástico Darlan Rosa para a campanha de vacinação contra o vírus da poliomielite. Ficou famoso no Brasil inteiro nas campanhas de vacinação. Andou sumido, mas está de volta. Viva o Zé Gotinha!