Pedro Lucas Lindoso
O
México é um país onde a celebração da morte é motivo de festa. Muita comida e
bebida. Música e ruas enfeitadas. A festividade do Dia de Los Muertos é
presidida pela caveira Catrina, a Dama da Morte.
O
México, como país católico, celebra o Dia de Finados no 2 de novembro. Como nós,
aqui no Brasil. Pais vizinho dos Estados Unidos, eles também celebram o
Halloween.
Aqui
não misturamos as coisas. Mas no México a semana toda é dedicada aos mortos.
Entre festividades e celebrações, os mexicanos emendam tudo. Halloween com
Finados.
Para
nós aqui, no Brasil, Halloween e Dia de Finados são coisas distintas. Celebrado no dia 31 de outubro, o Halloween
tem suas raízes em uma festividade celta que marcava o fim da colheita e a
transição para o inverno. Enquanto aqui,
no hemisfério Sul, é primavera, na Europa e nos Estados Unidos é outono.
Os
celtas acreditavam que no dia 31 de outubro, o véu entre o mundo dos vivos e
dos mortos se tornava mais fino, permitindo que os espíritos dos falecidos
visitassem o mundo dos vivos.
Hoje, o Halloween é amplamente comemorado em
muitos países, especialmente nos Estados Unidos, onde as tradições incluem
fantasias assustadoras, decoração de abóboras e festas à fantasia. E crianças
visitam as casas em busca de guloseimas.
Já no
dia 2 de novembro, o Dia de Finados, temos uma comemoração religiosa,
especialmente popular em países de tradição católica, como o Brasil e vários
outros. Este dia é dedicado à memória
dos entes queridos que já faleceram. Famílias visitam cemitérios, limpam e
decoram túmulos com flores, e fazem orações pelos que partiram. É um momento de
reflexão, saudade e reverência à vida dos que já se foram.
Enquanto
o Halloween celebra o aspecto lúdico da morte, o Dia de Finados é um momento
solene de lembrança e homenagem. Ambas as celebrações lidam com a morte, mas
nenhuma tão festiva e peculiar como no México. Por lá, as tradições do Dia dos
Mortos incorporam elementos festivos e coloridos, unindo as características de
ambas as festividades. Nessa semana os mexicanos se esbaldam em festas, comidas
e bebidas, celebrando seus mortos. Como dizia minha mãe: “cruz credo!”