Amigos do Fingidor

sábado, 13 de dezembro de 2008

Produção de texto poético (uma introdução) – II

Zemaria Pinto


4 – Poesia é, sobretudo, imaginação; faculdade de representar imagens; fantasia; invenção;

numa palavra – criação.

5 - Roland Barthes elaborou a seguinte equação, para explicar o seu conceito de língua:

língua = linguagem – fala

6 – Se queremos identificar do que se compõe a linguagem, apliquemos a regra da comutação e teremos:

linguagem = língua + fala

7 – Aqui chegamos a um conceito fundamental: a linguagem criadora, formada pelo código da língua e pela nossa expressão, nossa fala.
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8 - Pensamos para falar / falamos para pensar – não é mero jogo de palavras. Antes de falar pensamos sobre o que vamos falar, embora não nos apercebamos disso. Nossa mente é tão rápida que não nos damos conta dessa preparação. Por outro lado, quando falamos, o fazemos com a finalidade de produzir reflexão em nosso interlocutor, a menos que falemos ao vazio, ao nada, sobre nada.

9 – A linguagem é parte concreta do cotidiano. Imaginemos um mundo de mudos. Seria um mundo sem linguagem? Claro que não, porque a comunicação continuaria existindo. Exatamente como hoje as pessoas portadoras de necessidades especiais, que não conseguem se expressar por meio da fala usual, utilizam uma linguagem de sinais.

10 – Eu disse linguagem de sinais? O correto é dizer língua de sinais – um código aceito por todos que somado à expressão individual de cada um resultará na linguagem. Desta forma podemos falar em várias linguagens além da língua/idioma: a linguagem da publicidade, a linguagem da moda; a linguagem da música etc.

Continuamos.