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Cadê o caminho
que estava aqui?
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Seguindo em frente,
se não achamos caminho,
o caminho acha a gente.
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Não é parede, é caminho...
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Delicados, os tajás
acenam para os passantes.
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A garça galante
desfila com graça
seu branco elegante.
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Na superfície límpida,
onde começa o tronco,
onde termina a linfa?
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Manhã-calmaria:
nas réstias de sol
gorjeios do dia.
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Todos os caminhos
conduzem ao verde.
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Todos os olhos
convergem a ti.
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Tudo o que o sol pinta
a água destinta.
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Sob a mansidão das águas,
as memórias mergulhadas.
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Para além da serra,
o que esconde a terra?
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Texto e fotos: Zemaria
Pinto.
