Amigos do Fingidor

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

A poesia é necessária?

 

Falando em liberdade

Eliakin Rufino

 

Eu falo de liberdade

como quem fala de pão

de algo que se reparte.

 

Eu falo de liberdade

como quem fala de arte

de algo que se inventa.

 

Eu falo de liberdade

como a dos anos sessenta

“faça amor, não faça a guerra”.

 

Eu falo de liberdade

como quem fala da terra

a que todos têm direito.

 

Eu falo de liberdade

porque carrego no peito

uma flecha atravessada.

 

Eu falo de liberdade

como quem fala de amor

para a pessoa amada.