Zemaria Pinto
A diferença entre 1950 e 2014
A história se repete: a primeira vez como tragédia; a segunda, como farsa.
(Karl Marx)
Barbosa – morreu estigmatizado por não fazer o milagre de pegar esta bola. |
David Luiz, herói burlesco de uma ópera-bufa. |
Se Nelson Rodrigues fosse
chamado a explicar o papelão do Brasil diante da Alemanha, diria com sua voz áspera:
“o escrete foi tomado por um complexo de vira-lata”.
Bufão com complexo de vira-lata? |
Certo estava Garrincha,
quando avisado, em 58, que o próximo jogo, com a Suécia, definiria o campeão: “campeonatozinho
mixuruca; não tem nem segundo turno!”
Os brasileiros não vão
esquecer. Os alemães, entretanto, logo esquecerão. Ou alguém lembra que, em
1950, a seleção brasileira derrotou a Espanha por 6x1 e a Suécia por 7x1, no
quadrangular final? 7x1!!! E o goleiro? Barbosa!
Barbosa, herói épico, derrotado em uma batalha inglória. |
Enfim, alguém já disse que o
futebol é a coisa mais importante das coisas desimportantes. Não. O futebol é apenas
um item a mais na indústria do entretenimento, assim como a música e o cinema, o MMA e o boi-bumbá:
sujeito a manipulações, a corrupção em todos os níveis, não é exatamente um
esporte – é apenas espetáculo, nada mais. As copas de 78 e de 98 serão sempre
lembradas como exemplo do que estou falando. E de 20 em 20 anos, em 2018 será na Rússia, um dos países mais corruptos entre os que integram a corrupta FIFA.
Torcer por um time de
futebol, brigar por ele, matar e morrer por ele – é um índice de estupidez.
Flamenguistas e vascaínos, uni-vos contra a leseira geral!
Atualizando Marx: o futebol é
o crack do povo!