Amigos do Fingidor

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Pra não dizer que não falei de espinhos



Zemaria Pinto


A diferença entre 1950 e 2014


A história se repete: a primeira vez como tragédia; a segunda, como farsa.
(Karl Marx)

Barbosa – morreu estigmatizado por não fazer o milagre de pegar esta bola.


David Luiz, herói burlesco de uma ópera-bufa.

Se Nelson Rodrigues fosse chamado a explicar o papelão do Brasil diante da Alemanha, diria com sua voz áspera: “o escrete foi tomado por um complexo de vira-lata”.

Bufão com complexo de vira-lata?

Certo estava Garrincha, quando avisado, em 58, que o próximo jogo, com a Suécia, definiria o campeão: “campeonatozinho mixuruca; não tem nem segundo turno!”

Os brasileiros não vão esquecer. Os alemães, entretanto, logo esquecerão. Ou alguém lembra que, em 1950, a seleção brasileira derrotou a Espanha por 6x1 e a Suécia por 7x1, no quadrangular final? 7x1!!! E o goleiro? Barbosa!

Barbosa, herói épico, derrotado em uma batalha inglória.

Enfim, alguém já disse que o futebol é a coisa mais importante das coisas desimportantes. Não. O futebol é apenas um item a mais na indústria do entretenimento, assim como a música e o cinema, o MMA e o boi-bumbá: sujeito a manipulações, a corrupção em todos os níveis, não é exatamente um esporte – é apenas espetáculo, nada mais. As copas de 78 e de 98 serão sempre lembradas como exemplo do que estou falando. E de 20 em 20 anos, em 2018 será na Rússia, um dos países mais corruptos entre os que integram a corrupta FIFA.

Torcer por um time de futebol, brigar por ele, matar e morrer por ele – é um índice de estupidez. Flamenguistas e vascaínos, uni-vos contra a leseira geral!


Atualizando Marx: o futebol é o crack do povo!