Pedro Lucas Lindoso
Há sessenta anos, em 3 de janeiro
de 1957, Juscelino Kubitschek visitava Manaus para inaugurar a Refinaria de
Petróleo da COPAM – Hoje denominada de REMAN - Refinaria de Manaus Isaac Sabbá, pertencente ao sistema Petrobras.
O atual nome da REMAN é
homenagem mais do que merecida à capacidade empreendedora de Isaac Benayon
Sabbá, o grande responsável pela criação da COPAM – Companhia de Petróleo da
Amazônia. Isaac Sabbá acreditava no progresso do estado e apostou na existência
de petróleo na região.
JK havia visitado o Amazonas
em abril de 1956 e pela segunda vez em seu mandato, iniciado havia um ano,
prestigiava o Amazonas e seu povo. Naquela primeira visita a Manaus foi ainda ao município de Nova Olinda – onde
a Petrobras havia encontrado petróleo. A presença do presidente celebrava esse
achado, bem como viria para conferir o jorro do poço NO-1-AZ, de Nova Olinda do
Norte.
Ao fazer escala em Anápolis,
em seu voo para Manaus, em abril de 1956, Juscelino assinou Mensagem ao
Congresso encaminhando projeto de lei que dispunha sobre a mudança da capital
para o planalto goiano. Coube ao amazonense Deputado Federal pelo Amazonas, Dr.
Francisco Pereira da Silva, Presidente da Comissão Parlamentar da Mudança da
Capital, da Câmara dos Deputados, membro de sua comitiva, a
caminho de Manaus, a lavratura da ata.
Nessa segunda visita, já em
1957, o governo do estado conclamou a todos os amazonenses a comparecer ao
Aeroporto de Ponta Pelada “a fim de receber com a manifestação de que é
merecedor o Excelentíssimo Presidente da República, doutor Juscelino Kubitschek,
grande amigo do Amazonas”.
O governo estadual pedia ao
comércio e à indústria que fechassem as portas no horário da tarde para que os
trabalhadores pudessem aderir a manifestação de apreço ao presidente visitante.
As escolas estaduais e particulares foram incentivadas a participar com os
alunos devidamente uniformizados e fazer alas entre o aeroporto e a Praça
General Carneiro, na Cachoeirinha. Lá seria inaugurado o Conjunto KUBITSCHEK,
conjunto residencial construído pelo governo.
Meu saudoso pai, José
Lindoso, era membro da Executiva Estadual do PSD – Partido Social Democrático,
partido político de JK, e participou de todas as solenidades.
Eu nasci em maio daquele ano
de 1957. Enquanto JK visitava Manaus, tratores cuidavam de desbravar o cerrado
e se construía a nova capital – Brasília, a capital de todos os brasileiros.