Amigos do Fingidor

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Enquanto se construía Brasília


Pedro Lucas Lindoso


Há sessenta anos, em 3 de janeiro de 1957, Juscelino Kubitschek visitava Manaus para inaugurar a Refinaria de Petróleo da COPAM – Hoje denominada de REMAN - Refinaria de Manaus Isaac Sabbá, pertencente ao sistema Petrobras.
O atual nome da REMAN é homenagem mais do que merecida à capacidade empreendedora de Isaac Benayon Sabbá, o grande responsável pela criação da COPAM – Companhia de Petróleo da Amazônia. Isaac Sabbá acreditava no progresso do estado e apostou na existência de petróleo na região.
JK havia visitado o Amazonas em abril de 1956 e pela segunda vez em seu mandato, iniciado havia um ano, prestigiava o Amazonas e seu povo. Naquela primeira visita a Manaus foi ainda ao município de Nova Olinda – onde a Petrobras havia encontrado petróleo. A presença do presidente celebrava esse achado, bem como viria para conferir o jorro do poço NO-1-AZ, de Nova Olinda do Norte.
Ao fazer escala em Anápolis, em seu voo para Manaus, em abril de 1956, Juscelino assinou Mensagem ao Congresso encaminhando projeto de lei que dispunha sobre a mudança da capital para o planalto goiano. Coube ao amazonense Deputado Federal pelo Amazonas, Dr. Francisco Pereira da Silva, Presidente da Comissão Parlamentar da Mudança da Capital, da Câmara dos Deputados, membro de sua comitiva, a caminho de Manaus, a lavratura da ata.
Nessa segunda visita, já em 1957, o governo do estado conclamou a todos os amazonenses a comparecer ao Aeroporto de Ponta Pelada “a fim de receber com a manifestação de que é merecedor o Excelentíssimo Presidente da República, doutor Juscelino Kubitschek, grande amigo do Amazonas”.
O governo estadual pedia ao comércio e à indústria que fechassem as portas no horário da tarde para que os trabalhadores pudessem aderir a manifestação de apreço ao presidente visitante. As escolas estaduais e particulares foram incentivadas a participar com os alunos devidamente uniformizados e fazer alas entre o aeroporto e a Praça General Carneiro, na Cachoeirinha. Lá seria inaugurado o Conjunto KUBITSCHEK, conjunto residencial construído pelo governo.
Meu saudoso pai, José Lindoso, era membro da Executiva Estadual do PSD – Partido Social Democrático, partido político de JK, e participou de todas as solenidades.
Eu nasci em maio daquele ano de 1957. Enquanto JK visitava Manaus, tratores cuidavam de desbravar o cerrado e se construía a nova capital – Brasília, a capital de todos os brasileiros.