Pequena elegia para o meu pai
Inácio Oliveira
Meu pai trabalhou muito,
dançou muito,
amou muito,
sofreu muito e foi muito feliz.
Depois ele foi se cansando,
hoje ele me olha mas não me vê.
Já não me abraça,
perdeu a força,
perdeu a graça,
perdeu o tato,
ficou preso no porta-retrato.