Amigos do Fingidor

terça-feira, 2 de agosto de 2022

Avós – respeito e amor

 Pedro Lucas Lindoso

 

Dia 26 de julho se comemora o dia dos avós. É uma homenagem, antes de tudo, a São Joaquim e Sant’Ana. Eles tiveram o privilégio de ser avós do Menino Deus. Em hebraico, Ana exprime “graça” e Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”.

Sant’Ana teria nascido em Belém. São Joaquim na Galileia. Ambos eram estéreis. O Senhor então os abençoou com o nascimento da Virgem Maria. A menina Maria foi levada mais tarde pelos pais Joaquim e Ana para o Templo, onde foi educada, ficando aí até ao tempo do noivado com São José.

Neste abençoado julho, Vera e eu ganhamos mais uma netinha. Catarina nasceu no dia 8. Veio juntar-se a Maria Luísa e Maria Helena no coração desses avós babões e felizes.

Há um conhecido texto de Rachel de Queiroz em que ela diz que “Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu”. Neste mesmo texto, vovó Rachel explica o prazer da sonoridade da palavra avó:

“... lhe reconhece, sorri e diz: "Vó!", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.”

No mundo moderno, tanto o pai quanto a mãe trabalham fora. Assim, alguns avós são solicitados a ajudar nos cuidados das crianças. Tarefas como alimentar, ajudar nos trabalhos da escola e até mesmo ir às reuniões de APM – Associação de Pais e Mestres. Deviam mudar o nome para APMA – Associação de Pais, Mestres e Avós.

Mas ao se compartilhar a educação dos netos é imprescindível um diálogo permanente entre os avós, pais e filhos. Necessário se faz um consenso quanto aos valores e a educação dos pequenos. Nem sempre isso é fácil.

Há estudos comprovando que as crianças crescem mais felizes com os avós ao lado delas. Outra pesquisa confirma que as crianças que têm a sorte de ter seus avós por perto ficam mais serenas e felizes.

Não conheci meu avô paterno nem o materno. Mas minhas avós Brigitta Daou e Zezé Lindoso transbordavam em carinho e afeto. Fiquei algumas vezes sob os cuidados delas. Vovó Zezé morou muitos anos no Rio de Janeiro. Um modesto mas acolhedor apartamento no Flamengo. A casa de minha avó Brigitta aqui em Manaus é simplesmente inesquecível. Com minhas avós aprendi, principalmente, o sentimento de respeito e amor.

É o que Vera e eu esperamos repassar para nossas três netinhas: respeito e amor!