Amigos do Fingidor

quinta-feira, 18 de julho de 2024

A poesia é necessária?

 

O Último Poema

Manuel Bandeira (1886-1868)

 

Assim eu quereria o meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais

Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas

Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume

A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos

A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.