Pedro Lucas Lindoso
Antigamente,
nem muito tempo faz, só sabíamos o sexo dos bebês após o nascimento. Minha
netinha Isadora só vai chegar em agosto e já tem nome e já é bastante amada.
Com sua maninha Catarina foi a mesma coisa. Ambas tiveram o já famoso “chá
revelação”. Coisa impensável até alguns anos atrás.
De
acordo com um amigo obstetra, foi em 1974 que se instalou o primeiro aparelho
denominado Vidoson 635, de propriedade da Maternidade de São Paulo. Foi na
época, o primeiro equipamento de ultrassom existente no Brasil e o primeiro da
América do Sul.
No
início as imagens não eram muito nítidas para os leigos. Hoje se pode ver a
carinha dos bebês nas ultrassonografias mais próximas ao parto.
O mais
interessante é saber-se o sexo do neném com bastante antecedência. As mamães
podem se programar e até conversar com os bebês chamando-os pelos seus nomes,
mesmo antes de nascerem. Há pessoas que acreditam que eles podem sentir o
carinho dos papais ainda na barriga da mamãe.
Tudo
hoje em dia parece acontecer muito rápido. Minha netinha Catarina já saiu da
Maternidade registrada e com CPF!
O CPF,
segundo informações do Google, tem números que não são atribuídos na ordem.
Seguem um algoritmo complicadinho. O primeiro não era 000.000.000-1. Cada CPF é
feito a partir de duas séries de números que codificam vários dados da pessoa.
O final do CPF de Catarina é o número 3. O que indica que ela nasceu no norte
do Brasil.
Durante
muito tempo o CPF só era tirado quando o sujeito abria sua conta em banco. Hoje
é o registro mais confiável e mais utilizado no Brasil. Mesmo porque tem uma
abrangência nacional.
Nessa
semana fomos tirar o Registro Geral da Catarina. Ou CI- Carteira de Identidade,
como alguns chamam o documento. Antigamente aqui no Amazonas era atribuição da
Secretaria de Segurança Pública. Tirava-se os documentos nas delegacias
policiais. Hoje é responsabilidade da Secretaria de Justiça e Cidadania.
O
importante é que Catarina já tem seus documentos. Só falta o passaporte.
Catarina é muito lindinha. Tem nove meses. Já engatinha, balbucia sons, tem
quatro dentinhos e reconhece os pais e avós.
Apesar
de ainda não votar, Catarina, com todos esses documentos, pode ser considerada
uma bebê cidadã.