Pedro Lucas Lindoso
Na
Grécia Antiga havia duas importantes cidades-estados: Esparta e Atenas. A
diversidade cultural, política e educacional entre elas nos oferece uma
concepção de mundo contrastante. Os papéis desempenhados pelos seus habitantes
e as instituições em geral, são, às vezes, divergentes e antagônicas. Podem nos
levar a compreender essa polaridade que existe no Brasil de nossos dias.
A
política em Atenas era mais democrática. Em termos, pois, mesmo sendo um
governo “do povo”, quem de fato governava era uma parcela bem pequena da
população. Já em Esparta, as questões políticas eram de obrigação de um
conjunto bem menor de homens. Eram idosos e poderosos.
As
mulheres espartanas recebiam uma educação rigorosa tanto física quanto
psicológica. Disputavam competições e administravam o patrimônio da família. Em
Atenas a vida das mulheres era restrita ao mundo do lar. As atenienses eram
ensinadas a ser dóceis e submissas.
Na área
da Educação, as duas cidades gregas apresentavam diferenças marcantes. Em
Atenas, as escolas e instituições se
preocupavam em desenvolver um equilíbrio entre mente e corpo. A educação
ateniense buscava conciliar a saúde física e o debate filosófico. Já em
Esparta, que tinha uma forte e intensa tradição militar, privilegiava-se o
treinamento do corpo. Os jovens espartanos aprendiam a escrever somente o
necessário. Dessa maneira, o cidadão espartano deveria ser forte e resistente.
O homem de Esparta era preparado primordialmente para a guerra.
Minha
professora de História Geral, após nos incentivar a pesquisar e conhecer bem
essas cidades-estados montou um debate entre seus alunos. Devíamos escolher em
qual sociedade preferiríamos viver. Alguns, de imediato fizeram suas opções
entre Esparta e Atenas. Outros ficaram em dúvida. Quase houve empate. Mas os
espartanos ganharam o debate. O Brasil encontrava-se sob um regime de governo
militar.
Escolher
entre querer viver numa sociedade mais espartana ou mais ateniense pode ser uma
escolha de vida. O importante é respeitar a escolha um do outro. Os que
escolhem estudar numa escola cívico-militar preferiria ter vivido em Esparta.
Os que acham a Filosofia imprescindível iriam preferir Atenas.
E você
leitor: Esparta ou Atenas?