Amigos do Fingidor

quinta-feira, 10 de março de 2011

Soneto porre

Anonymus M.C.
Ao Chá do Armando


Companheiro, esses goles pequeninos,
com que lavas tua alma dos enganos,
dão-te a velha algazarra dos meninos
nessa idade dos oito ou doze anos.

Já não se chama uísque, é Chá do Armando
tua líquida bengala... que beleza!
E te vemos garrafas praguejando
contra esses sóbrios, ébrios de tristeza.

Quem passa pela terra sem beber
traga o exclusivo fel do homem que morre
de nunca ter sonhado sem sofrer.

Por isso os brindes teus comovem a zorra
neste brado moral filho de um porre:
Ó vós que não bebeis, fodei-vos, porra!

Clicados pelo Noleto, o pessoal do Chá do Armando, incluindo o próprio ( a cabeça mais branca), se deleita com a voz do tenor Humberto Vieira e o violão de Rossini Lima.
 A paisagem é formada pelos belos quadros de Noleto.
Foto tirada no último dia 25/02.