Amigos do Fingidor

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Práticas de curas ancestrais 1/2


João Bosco Botelho
   

Os registros arqueológicos mostram-se suficientes para estabelecer algumas relações concretas da ação curadora na pré-história.
É provável que grande parte da atenção das comunidades pré-históricas permanecesse na busca da sobrevivência cotidiana e na explicação dos fenômenos naturais. As relações vida-morte e saúde-doença deveriam estar entre elas, já que interferiam na segurança pessoal e coletiva. Esses fatos poderiam ter provocado a especialização de alguns membros.
As ações para curar a dor e impedir a morte imediata, na pré-história, compreendem as ações dos ancestrais para aumentar os limites da vida e empurrar a inexorabilidade da morte, muitos milhares de anos antes da escrita.
Alguns fósseis neandertalenses, em torno de 30.000 anos, no Pleistoceno superior, evidenciam traços de amputações dos membros.
As análises desses registros fornecem indícios à compreensão de algumas ações curadoras do homem pré-histórico. Sem dúvida, os ancestrais sofreram de algumas doenças semelhantes às da atualidade. A tuberculose óssea na coluna vertebral, encontrada hoje no Brasil, está documentada no esqueleto do período Neolítico, em torno de 10.000.
Ainda mais fascinante, o fêmur de Homo Erectus, com mais de 200.000 anos, com tumor ósseo medindo quatro centímetros de diâmetro.