Jorge Tufic
Revejo a praça, o bar, o
teatro, a igreja.
A tarde deixa o dia ali
na esquina.
Logo chega o Simão, e a
noite ensina
que antes do papo venha
uma cerveja.
Agora o bar do Armando é
uma oficina.
Em cada peito um fingidor
lateja...
Zemaria sussurra, alguém
troveja,
mas tudo é festa, brinde,
serpentina.
Que seria de nós ou da
Poesia,
se além da “crise” bar
virasse banco,
praça, estacionamento, o
que seria
das estrelas, do nimbo e
do luar,
se de repente um verso –
azul ou branco –
já não tivesse mais onde pousar?
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