Amigos do Fingidor

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

A poesia é necessária?


Político aprendiz

Simão Pessoa

 

 

Equilibro este pânico na memória

Dou um salto e assumo todo o risco

Tiro algumas mentiras da cartola

E dou por iniciado o comício

 

Alinhavo palavras descuidadas

Um ar de enfado quase inútil

Gomalina misturo com cabala

E prometo de concreto o absurdo

 

Olho fixo a multidão entediada

Acrobata do verbo sem sentir

Imobilizo o olhar vesgo da massa

Agradeço peço palmas vou dormir