Pedro Lucas Lindoso
No início da pandemia, Manaus quase entrou em colapso no
enfrentamento desse terrível e desconhecido corona. Nunca nossa cidade foi tão
comentada no Jornal Nacional, de forma negativa, infelizmente.
Hoje o cenário mudou. Manaus apresenta quedas expressivas
tanto em número de óbitos quanto de novos caso. Sabemos que o vírus ainda é uma
ameaça. Portanto, continuamos tomando todas as precauções necessárias, já
conhecidas de todos e amplamente divulgadas. Não se pode vacilar.
Em maio, o isolamento era total e meu aniversário foi
comemorado a distância, pelo sistema drive thru. Pois bem, minha netinha
Maria Luísa adora aniversários. Durante o isolamento trocava presentes virtuais
com os amiguinhos e parentes.
Preocupada em me presentear, em plena crise epidêmica, Maria
Luísa me “emprestou” uma fraldinha, a sua naninha. O que se chama, na
Psicologia, de “objeto de transição”. Bom exemplo é o cobertor do Linus, da
Turma do Charlie Brown.
Com índices favoráveis de estabilização em Manaus, estamos
permitidos fazer encontros com menos de dez pessoas, obedecidas todas as regras
sanitárias.
Com imensa alegria, Vera e eu recebemos a visita de Maria
Luísa em nossa casa pelo dia dos avós, comemorado no domingo último, dia 26 de
julho.
Ficamos em grande contentamento pela visita da nossa netinha,
após um longo período sem tê-la nos visitando. Em nossa casa há um espaço
especial para ela, com brinquedos, um berço e muito carinho.
Foi feito um caprichado brunch para receber Maria Luísa, seus
pais e sua madrinha e tia Marina. Os abraços já estavam liberados e a
demonstração de carinho e o alívio de tanta saudade foi o melhor presente que
poderíamos ganhar pelo tal dia dos avós, em que os católicos celebram São
Joaquim e Santa Ana, avós do Menino Jesus.
Como a naninha tinha sido um presente “emprestado”, era hora
de devolvê-la para Maria Luísa. Ao
recebê-la de volta Maria Luísa sorriu muito e sua expressão de alegria foi
enorme. A sensação que a nossa netinha nos transmitiu é que o pior da pandemia
havia passado. Estávamos todos salvos. Finalmente se podia abraçar e beijar o
vovô e a vovó sem perigo.
Existe presente melhor para o dia dos avós?