Amigos do Fingidor

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

A poesia é necessária?

 

Herança de morte

Amélia Dalomba

 


Lírios em mãos de carrascos

Pombal à porta de ladrões

Filho de mulher à boca do lixo

Feridas gangrenadas sobre pontes quebradas

Assim construímos África nos cursos de herança e morte

Quando a crosta romper os beiços da terra

O vento ditará a sentença aos deserdados

Um feixe de luz constante na paginação da história

Cada ser um dever e um direito

 

Na voz ferida todos os abismos deglutidos pela esperança