Grace
Cordeiro
Nada como
caminhar nas curvas de uma bela e jovem mulher, e sobre ela, os dias, os poemas
e os amigos.
Deitar-se
no vinho ou num destilado para lubrificar as entranhas cansadas das mortes.
Nada como
as velhas canções para suavizar as rugas por onde ficaram as mãos amantes.
De tudo,
um respirar sem ilusão, ou com um pouco de ambição, mas quem sabe o que
restará?
Talvez um
fluido momento a ermo, uma árvore, um rio, uma rede.
Quem
poderá dizer que essa aventura valeu a pena?
A tragédia
das horas, pensar que tudo transcorre naturalmente.
A
comédia, somos carne que o pensamento leva.
O
silêncio para todos, o respeito para poucos.
Alegre
selvageria, esse encontro definitivo com o tempo.