Amigos do Fingidor

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Zona de Guerrilha Franca




Zemaria Pinto


45 – Era preciso que a CIA dissesse o que vítimas e parentes vêm dizendo há mais de 50 anos: os assassinatos cometidos pelo regime militar eram não apenas consentidos, mas autorizados.

46 – 89 pessoas “desapareceram” após a ordem de Geisel a Figueiredo, incluindo o tempo em que este foi o ditador de plantão.

47 – O auge da matança deve ter sido em 1973, sob a ditadura de Médici: 104 mortos e/ou desaparecidos, segundo o mesmo documento da CIA.

48 – Mas Médici esteve com o cutelo na mão desde outubro de 1969. Quantos ele mandou matar nos 3 anos posteriores?

49 – E Costa e Silva? E Castelo Branco?

50 – O coronel Passarinho, para justificar “possíveis excessos”, disse que o enfrentamento ditadura x “subversivos” era uma “guerra suja”.

51 – A Comissão Nacional da Verdade levantou 434 vítimas dessa sujeira, das quais 210 continuam desaparecidas.

52 – O argumento de que o outro lado também teve perdas não se justifica: não estamos falando de mortos numa guerra regular; estamos falando de tortura e execução. E isso é sujo.