Zemaria Pinto
45 – Era preciso que a
CIA dissesse o que vítimas e parentes vêm dizendo há mais de 50 anos: os
assassinatos cometidos pelo regime militar eram não apenas consentidos, mas
autorizados.
46 – 89 pessoas “desapareceram”
após a ordem de Geisel a Figueiredo, incluindo o tempo em que este foi o
ditador de plantão.
47 – O auge da matança deve
ter sido em 1973, sob a ditadura de Médici: 104 mortos e/ou desaparecidos,
segundo o mesmo documento da CIA.
48 – Mas Médici esteve
com o cutelo na mão desde outubro de 1969. Quantos ele mandou matar nos 3 anos posteriores?
49 – E Costa e Silva? E
Castelo Branco?
50 – O coronel Passarinho,
para justificar “possíveis excessos”, disse que o enfrentamento ditadura x “subversivos”
era uma “guerra suja”.
51 – A Comissão Nacional
da Verdade levantou 434 vítimas dessa sujeira, das quais 210 continuam
desaparecidas.
52 – O argumento de que o
outro lado também teve perdas não se justifica: não estamos falando de mortos
numa guerra regular; estamos falando de tortura e execução. E isso é sujo.