Amigos do Fingidor

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Amazônia: literatura e cultura

Zemaria Pinto




Derivado do III Colóquio Internacional Poéticas do Imaginário, este livro vem reafirmar o sucesso de um evento de grande magnitude que não se deixa cair no erro da repetição de velhas fórmulas. Antes, o primado aqui é a originalidade. O desafio começa logo no título – Amazônia: literatura e cultura. Qual Amazônia? Todas. Porque a Amazônia só pode ser pensada a partir de sua diversidade: continental.


Como afluentes do grande rio que a navega ao meio, os assuntos se expandem e se multiplicam nas mais diversas cores e direções: da literatura à história, a produção cultural amazônida está aqui repensada desde as manifestações orais – ancestrais – até a contribuição/contaminação imigrante, passando pela viagem que essa cultura faz para fora de si mesma.


Não citarei nomes para não explicitar preferências por um ou outro texto, pois no final eles se completam, formando um grande painel desse caldeirão cultural amazônico.  Mas é preciso registrar a presença luminosa de Astrid Cabral – a professora falando da poeta. Discorrendo sobre seu processo de criação, ela nos dá uma lição de simplicidade: “Parto rumo à aventura do desconhecido, em busca do que só existe misteriosamente dentro de mim, de modo vago e amorfo, porém, em luta para emergir.” Aula magna.

Obs: orelha do livro Amazônia: literatura e cultura, organizado por Allison Leão, reunindo as conferências apresentadas no III Colóquio internacional de Literatura, realizado pela UEA, nos dias 16 a 18 de maio passado.