Zemaria Pinto
o mato à margem exala
perfumes silvestres
arpão certeiro
o tucunaré debate-se
– festa em Nhamundá
ao descer das águas
a várzea rejuvenesce
– tempo de plantar
sem fazer bulício
a jacina pousa leve
na água estagnada
Publicado no livro Dabacuri (Manaus: Uirapuru, 2004)