Olá,
“Cavaleiro Iniciado em Todas as Madrugadas do Universo!” Lembras-te disso,
Luiz?! Deparei-me com isso quando estava a estudar o livro “Clube da Madrugada
30 Anos”, de Jorge Tufic. Gostei do conteúdo do livro, gostei mais ainda porque
tu fazes parte dessa história, bela história por sinal. E a mais importante da
literatura amazonense. Mas não quero aqui discorrer sobre esse assunto, até
porque não me vejo capacitada para tanto e, imagina Luiz, se eu iria tratar de
literatura contigo. Não, estou a te escrever porque quanto mais o tempo passa
mais eu me pergunto por que resolveste partir?! Se tu soubesses as atrocidades
que aconteceram depois da tua partida, coisas tão desleais para com a tua
pessoa, com a casa, na qual tu eras o membro mais importante. Enfim, combinamos
que não iríamos falar sobre isso. Vamos falar de coisas boas, então; sabes que
outro dia quando estava na minha academia, conheci duas leitoras tuas, elas se
aproximaram de mim, para perguntar algo sobre um poema teu, estão trabalhando
sobre ele na escola em que elas lecionam, fiquei deveras feliz e demasiadamente
vaidosa, por elas terem me procurado (isso Luiz, é devido a uma ferramenta na
internet, na qual eu divulgo – do meu jeito – algo que eu escrevo sobre ti, e
também divulgo teus poemas e olha que faz muito sucesso, tu és muito amado).
Conversamos muito sobre a tua obra, e devido ao fato de conhecerem um pouco e
amarem tanto teus poemas, as batizei como Damas Iniciadas Bacellarianas. Achei
justo. Fico muito contente quando conheço pessoas que te gostam, que admiram
tua obra. Lembras quando eu te falava que na universidade, quando o assunto era
literatura amazonense, era só o teu nome que os professores falavam, pois é,
continua assim. E eu nem preciso te dizer o porquê de seres tão estudado e
comentado. Vaidoso como és, deves saber... Mas, Luiz, voltando ao assunto do
Clube da Madrugada, eu penso que tu não foste batizado “Cavaleiro Iniciado em
Todas as Madrugadas,” sabes por quê? Porque tu jamais foste iniciado, já
nasceste mestre maior... (como eu queria te ver dando aquele sorriso, ao me
ouvir te dizendo estas parcas palavras).