Amigos do Fingidor

terça-feira, 9 de abril de 2013

Platônica VII

Tainá Vieira

 

Olá, “Cavaleiro Iniciado em Todas as Madrugadas do Universo!” Lembras-te disso, Luiz?! Deparei-me com isso quando estava a estudar o livro “Clube da Madrugada 30 Anos”, de Jorge Tufic. Gostei do conteúdo do livro, gostei mais ainda porque tu fazes parte dessa história, bela história por sinal. E a mais importante da literatura amazonense. Mas não quero aqui discorrer sobre esse assunto, até porque não me vejo capacitada para tanto e, imagina Luiz, se eu iria tratar de literatura contigo. Não, estou a te escrever porque quanto mais o tempo passa mais eu me pergunto por que resolveste partir?! Se tu soubesses as atrocidades que aconteceram depois da tua partida, coisas tão desleais para com a tua pessoa, com a casa, na qual tu eras o membro mais importante. Enfim, combinamos que não iríamos falar sobre isso. Vamos falar de coisas boas, então; sabes que outro dia quando estava na minha academia, conheci duas leitoras tuas, elas se aproximaram de mim, para perguntar algo sobre um poema teu, estão trabalhando sobre ele na escola em que elas lecionam, fiquei deveras feliz e demasiadamente vaidosa, por elas terem me procurado (isso Luiz, é devido a uma ferramenta na internet, na qual eu divulgo – do meu jeito – algo que eu escrevo sobre ti, e também divulgo teus poemas e olha que faz muito sucesso, tu és muito amado). Conversamos muito sobre a tua obra, e devido ao fato de conhecerem um pouco e amarem tanto teus poemas, as batizei como Damas Iniciadas Bacellarianas. Achei justo. Fico muito contente quando conheço pessoas que te gostam, que admiram tua obra. Lembras quando eu te falava que na universidade, quando o assunto era literatura amazonense, era só o teu nome que os professores falavam, pois é, continua assim. E eu nem preciso te dizer o porquê de seres tão estudado e comentado. Vaidoso como és, deves saber... Mas, Luiz, voltando ao assunto do Clube da Madrugada, eu penso que tu não foste batizado “Cavaleiro Iniciado em Todas as Madrugadas,” sabes por quê? Porque tu jamais foste iniciado, já nasceste mestre maior... (como eu queria te ver dando aquele sorriso, ao me ouvir te dizendo estas parcas palavras).