Zemaria Pinto
1. O conceito de Fantasy Art confunde-se com o de Pop Art: está dentro dele, ultrapassando-o.
2. Marginalizada, a Fantasy Art foi engendrada nas ilustrações de livros e capas de revistas, logo passando às histórias em quadrinhos. Daí até o cinema foi um passo. Mas ela dialoga também com os melhores jogos eletrônicos.
3. A sua origem, entretanto, remonta a Hieronymus Bosch, passando por William Blake e o nunca assaz louvado Gustave Doré. Sem esquecer todo o legado renascentista, de índole pagã.
4. Mesmo que a sua melhor representação ainda opte pelos suportes tradicionais, como o óleo sobre tela, a Fantasy Art pode usar os recursos mais avançados de programas de computador.
5. A sua essência, contudo, está na fantasia, na reprodução de cenas e seres fabulosos e/ou mitológicos, histórias góticas e de horror, além de ficção científica – sempre com um forte apelo erótico.
6. A miserável realidade não cabe no infinito espaço da Fantasy Art.
7. A Fantasy Art é a sublimação pictórica da contemporaneidade: é pura arte pop.
O Palavra do Fingidor passará a publicar, a partir de amanhã, todos os sábados, reproduções de quadros com exemplares de Fantasy Art.