todas as noites ele tinha o mesmo sonho, ou pesadelo, mas desta vez era real: o velho baixo, forte, peludo, orelhas agudas, dentes verdes e os calcanhares para frente, estava ali diante dele no quarto, com o mesmo olhar da cor de sangue e assustador, de quando zé paca caçava só naquela sexta-feira, apesar dos apelos da mulher.
(Adrino Aragão)