Amigos do Fingidor

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Ulysses Bittencourt e os poetas amazonenses
Rogel Samuel*


Ulysses Bittencourt é um intelectual muito importante, membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas. Ele é autor de muitos trabalhos sobre o Amazonas, citados por Samuel Benchimol e Mário Ypiranga.

Publicou Raiz (Rio de Janeiro: Copy e Arte, 1985), Povoamento da Bacia Amazônica (Porto Alegre, PUC, 1988 - conferência proferida na PUC-RS) e Patiguá (Rio de Janeiro: Copy e Arte, 1993).

Escreveu nos anos 1980 no jornal A Crítica”, de Manaus.

Mário Ypiranga Monteiro disse na apresentação de Patiguá que "por muitos anos constituirá o testemunho valioso dos quadros históricos amazonenses não tratados anteriormente (...)" (p. 19).

Raiz e Patiguá são citados por Samuel Benchimol em Manáos do Amazonas - memória empresarial, vol. 1 (Manaus: ACA (Associação Comercial do Amazonas) - Fundo Editorial / Governo do Estado do Amazonas, 1994).

Há uma rua em Manaus com seu nome. São informações colhidas na Internet.

O verbete na Wikipedia afirma que Ulysses Bittencourt "foi um dos autores que logrou delinear alguns dos tipos humanos da região, especialmente o do coronel de barranco".

O coronel de Barranco era "o assim chamado 'barão da borracha', da época do boom amazônico da hévea - que não pertencia ao Exército Brasileiro -, geralmente adquiria uma patente da extinta Guarda Nacional".

Outras figuras regionais estudadas por Ulysses foram o trabalhador ribeirinho; o ex-escravo afrodescendente; e o poeta amazonense - que, muitas vezes, vivia em dificuldades financeiras - da Manaus da primeira metade do século XX.

O poeta era um tipo social.

*Publicado originalmente no blog de Rogel Samuel.