Amigos do Fingidor

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Zona de Guerrilha Franca



Zemaria Pinto


202 – O jogo sujo sujou de vez.

203 – Escondido por trás do suposto atentado, o candidato fascista mesmeriza o eleitorado antipetista e produz verdadeiros milagres estatísticos na reta final da campanha para o primeiro turno.

204 – Repetem-se as mesmas manipulações de sempre, procurando iludir o lúmpen-eleitor, levando-o a votar no “já ganhou”.  

205 – O agora eleitorado fascista não está preocupado com a saúde da “frágil democracia brasileira” (como não se cansam de repetir os iluminados globais). Ligaram o botão do foda-se, e foda-se.

206 – O presidente Lula tinha razão: “é nós contra eles”.

207 – De um lado o candidato da esperança, de quem acredita que este país pode ser um país de oportunidades iguais para todos – e não apenas para uma elite branca e cristã. Boulos? Vera Lúcia? Não seria a primeira vez que o PSOL e o PSTU virariam as costas para o PT.

208 – Quase que eu escrevo Cavaleiro da Esperança – os mais velhos saberão porquê.

209 – De outro lado, sob a falsa liderança do fascista homofóbico e misógino – logo, onanista –, os falsos brizolistas do Ciro; os falsos sociais-democratas do Alckmin; os falsos preservacionistas da Marina; somados aos imbecis que acreditam no Amoedo e no Meirelles – que ficaram ricos vendendo cartões de crédito e extorquindo pequenos empresários desesperados.

210 – O que são os milagres estatísticos acima referidos? Alguém acredita que depois de todo o barulho do #EleNão o fascista onanista cresceria exponencialmente entre as mulheres?

211 – Nelson Rodrigues, de pura farra (ele dizia que polêmica “sempre dá um dinheirinho extra”), afirmava que “nem toda mulher gosta de apanhar – só as normais”. Parece que a normalidade é muito maior do que poderíamos supor nas hostes do fascista onanista.

212 – Mas a sujeira maior veio do Sr. Limpeza, ou Mr. Clean, como ele, um anglófilo, deve preferir: a divulgação da delação de Palocci, feita em abril e até hoje não divulgada “por insuficiência de provas”.

213 – Moro mostrou que é apenas um boneco de engonço a serviço da mais deslavada putaria política. Ele, que posava de vestal, mostrou que não passa de uma reles puta de tribunal – com todo o respeito às trabalhadoras prostitutas.

214 – Enquanto isso, na Sala de Justiça, os senhores supremos continuam batendo cabeça, como carneiros cegos e gordos que são. Levandóvisque manda; Fuckyou desmanda; Levandóvisque remanda; Tífode desmancha tudo.

215 – Pra quem apostava que Tífode era o PT no supremo, taí: o the supreme, que não foi aprovado nem pra juiz de comarca dos grotões, está cortejando o alto escalão militar, pronto para babar ovo e lamber bota, caso venha o golpe. Supremo golpe.  

216 – Um comentarista econômico tendo orgasmos múltiplos ao vivo e em cores: “a subida do Bozonauro nas pesquisas fez a bolsa subir e o dólar cair”.

217 – É mais um mito que tentam enfiar goela abaixo dos mal informados. A bolsa e o dólar são mercados especulativos, sensíveis a notícias fora do padrão. Para uma ação na bolsa se manter em alta, valorizada, entretanto, é preciso que a empresa esteja estável no mercado – e isso só acontece com consumo alto e crescimento econômico, itens que não constam da cartilha do Posto Ipiranga do onanista, que só vê o ilusionismo do neoliberalismo. Aliás, o liberalismo dele nem é neo, é velho mesmo.

218 – O básico do Posto Ipiranga do onanista é: privatizar o que resta; arrochar a política trabalhista (diminuindo seus “custos”) e arrochar a previdência. O que, aliás, o generalíssimo Jumento de Carga vive a repetir. Ou seja, facilitar a vida dos empresários, num primeiro momento, fodendo de vez a classe trabalhadora – que é a massa consumidora. Em outras palavras, os empresários vão viver de vender para os empresários, pois o povo consumidor está alijado dessa política velholiberal.

219 – Logo mais, à noite, tem debate. Bozonauro vai continuar se escondendo atrás da faca do Bispo. Ciro, Alckmin e Marina vão continuar batendo em Haddad, fazendo o jogo do onanista. Tomara que o Cabo vá (sei do cacófato), pelo menos ele é engraçado – mais do que o Meirelles, o Amoedo e o Coringa (como é mesmo o nome dele?) juntos.

220 – Haddad só tem que ser ele mesmo, jogando limpo com seus eleitores, mas sem recuar diante de prováveis agressões, mantendo a guarda alta e jabeando sem cessar.

221 – Lembrando o Comandante: “hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás”.

222 – Eu nunca li essa frase em nada do que o Che escreveu ou que escreveram sobre ele – e eu o leio há quase 50 anos. Mas, quando a poesia é melhor que a história, não há dúvida: ficamos com a poesia.