Zemaria Pinto
252 – Não poderia haver
cena mais ridícula: o Capitão Farofa e seus seguidores, de mãos dadas e olhos
cerrados, acompanhando a oração puxada pelo Malta, o magno (que nome, meu
chapa! que nome!).
253 – Lá fora, a malta ensandecida
agredia mulheres e LGBTs.
254 – Parte da malta, uma
deputadinha branca e cristã, conclamava ao ódio, da maneira mais covarde –
incitando crianças e adolescentes a denunciar, a dedurar seus próprios
professores:
255 – A “escola sem
partido” tem partido, sim: o partido (ops) da deputadinha.
256 – Essas ações da
malta ainda estão longe das “promessas” do Capitão Farofa: à maneira do
assassino Figueiredo, “prender e arrebentar” quem for contra seu governo; banir
ou fazer apodrecer na cadeia os “marginais vermelhos”; implantar a ditadura no
primeiro dia de governo (o réveillon
vai ser deprê).
257 – Quem sobreviver
verá.
258 – Quero dar um
recadinho aos amigos (parentes incluídos, porque se o parente não é amigo,
dane-se): não me afastei de vocês por causa de política ou de eleição –
afastei-me porque vocês são fascistas e eu não quero acordo com fascistas.
258 – Seria insuportável
conversar com vocês achando que estão gravando minhas palavras, para depois
mandar a algum clone da deputadinha acima.
259 – Melhor continuarmos
distantes: façam de conta que morri; pois para mim vocês morreram há meses.
260 – Ah, eleitor brasileiro,
eleitor-gado, foste contagiado pelo ódio que os brancos cristãos endinheirados
sempre tiveram pelo PT e pelo Lula.
261 – O Capitão Farofa,
um semianalfabeto, vai governar para eles, a elite, não para ti, que logo logo
sentirás na tua pele negra, parda ou cafuza que as coisas mudaram pra pior.
261 – O Nordeste, por ter
eleito governadores comprometidos com a causa popular, sentirá menos o efeito
devastador da política econômica do Postipiranga, isto se ele não for preso
antes; mas pra ferrar o povo, estoque de bandido é o que não falta.
262 – A batalha foi
perdida, mas a luta continua. O preço da liberdade é a eterna vigilância –
frase conservadora, mas que se adapta ao momento que vivemos: enquanto
pudermos, vamos denunciar; enquanto for possível, vamos lutar. Mas não no campo
deles – como disse o sumido Mourão, “quem entende de violência somos nós”.
Eles.
263 – O Capitão Farofa é
um corrupto assumido, cercando-se de outros corruptos – taí o Lorenzoni que não
me deixa mentir. No próximo São João, estaremos discutindo o impeachment do
Capitão Farofa.
264 – Afinal, arrogância
deixa rastos.
265 – Só não consigo
prever como o supremo Toffoli vai conduzir o bacanal. Vai chamar o Dória? Falar
nisso, o povo paulista...
266 – Será que o Pelé
tinha razão?