Amigos do Fingidor

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Zona de Guerrilha Franca



Zemaria Pinto


252 – Não poderia haver cena mais ridícula: o Capitão Farofa e seus seguidores, de mãos dadas e olhos cerrados, acompanhando a oração puxada pelo Malta, o magno (que nome, meu chapa! que nome!).

253 – Lá fora, a malta ensandecida agredia mulheres e LGBTs.

254 – Parte da malta, uma deputadinha branca e cristã, conclamava ao ódio, da maneira mais covarde – incitando crianças e adolescentes a denunciar, a dedurar seus próprios professores:



255 – A “escola sem partido” tem partido, sim: o partido (ops) da deputadinha.

256 – Essas ações da malta ainda estão longe das “promessas” do Capitão Farofa: à maneira do assassino Figueiredo, “prender e arrebentar” quem for contra seu governo; banir ou fazer apodrecer na cadeia os “marginais vermelhos”; implantar a ditadura no primeiro dia de governo (o réveillon vai ser deprê).

257 – Quem sobreviver verá.

258 – Quero dar um recadinho aos amigos (parentes incluídos, porque se o parente não é amigo, dane-se): não me afastei de vocês por causa de política ou de eleição – afastei-me porque vocês são fascistas e eu não quero acordo com fascistas.

258 – Seria insuportável conversar com vocês achando que estão gravando minhas palavras, para depois mandar a algum clone da deputadinha acima.

259 – Melhor continuarmos distantes: façam de conta que morri; pois para mim vocês morreram há meses.

260 – Ah, eleitor brasileiro, eleitor-gado, foste contagiado pelo ódio que os brancos cristãos endinheirados sempre tiveram pelo PT e pelo Lula.

261 – O Capitão Farofa, um semianalfabeto, vai governar para eles, a elite, não para ti, que logo logo sentirás na tua pele negra, parda ou cafuza que as coisas mudaram pra pior.

261 – O Nordeste, por ter eleito governadores comprometidos com a causa popular, sentirá menos o efeito devastador da política econômica do Postipiranga, isto se ele não for preso antes; mas pra ferrar o povo, estoque de bandido é o que não falta.

262 – A batalha foi perdida, mas a luta continua. O preço da liberdade é a eterna vigilância – frase conservadora, mas que se adapta ao momento que vivemos: enquanto pudermos, vamos denunciar; enquanto for possível, vamos lutar. Mas não no campo deles – como disse o sumido Mourão, “quem entende de violência somos nós”. Eles.

263 – O Capitão Farofa é um corrupto assumido, cercando-se de outros corruptos – taí o Lorenzoni que não me deixa mentir. No próximo São João, estaremos discutindo o impeachment do Capitão Farofa.

264 – Afinal, arrogância deixa rastos.

265 – Só não consigo prever como o supremo Toffoli vai conduzir o bacanal. Vai chamar o Dória? Falar nisso, o povo paulista...

266 – Será que o Pelé tinha razão?