Amigos do Fingidor

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

Teatro e Resistência – leituras dramáticas




A Cia de Teatro Vitória Régia apresenta, sempre às quintas-feiras, em janeiro e fevereiro, o ciclo Teatro e Resistência – leituras dramáticas.

A mostra tem a finalidade de colocar em discussão o retrocesso que se instala no país com a censura a eventos artísticos, disfarçada sob o argumento falacioso da proteção à moral e aos bons costumes.

Para isso, o grupo selecionou textos representativos dos anos 1960 e 1970, que expõem as entranhas da ditadura instalada em 1964: a repressão aos movimentos populares, a censura, a prisão arbitrária, o exílio, a tortura, o assassinato.

A primeira peça, a ser apresentada, nesta quinta-feira, 17 de janeiro, sob a direção de Nonato Tavares, é O abajur lilás, de Plínio Marcos, que ficou onze anos sem poder sem ser encenada, de 1969 a 1980.

O texto é uma alegoria do Brasil da época, mas permanece muito atual. Nas palavras do crítico Sábato Magaldi, “De todas as peças que analisaram a situação brasileira pós-1964, O abajur lilás se distingue certamente como a mais incisiva, dura e violenta. Plínio Marcos fundiu nela, mais do que em outras obras-primas suas, talento e ira. A estrutura do poder ilegítimo está desmontada, para revelar, com meridiana clareza, seu ríctus sinistro.”

Serviço:
Evento: Teatro e Resistência – leituras dramáticas

Finalidade: mostra de peças de autores censurados, como Plínio Marcos, 
Gianfrancesco Guarnieri, Chico Buarque, Millôr Fernandes e outros

Onde: SINTTEL – Alexandre Amorim, 392, Aparecida

Recomendado para maiores de 16 anos.

Entrada franca.