A Cia de Teatro Vitória
Régia apresenta, sempre às quintas-feiras, em janeiro e fevereiro, o ciclo
Teatro e Resistência – leituras dramáticas.
A mostra tem a finalidade
de colocar em discussão o retrocesso que se instala no país com a censura a
eventos artísticos, disfarçada sob o argumento falacioso da proteção à moral e
aos bons costumes.
Para isso, o grupo
selecionou textos representativos dos
anos 1960 e 1970, que expõem as entranhas da ditadura instalada em 1964: a
repressão aos movimentos populares, a censura, a prisão arbitrária, o exílio, a
tortura, o assassinato.
A primeira peça, a ser
apresentada, nesta quinta-feira, 17 de janeiro, sob a direção de Nonato
Tavares, é O abajur lilás, de Plínio Marcos, que ficou onze anos sem poder
sem ser encenada, de 1969 a 1980.
O texto é uma alegoria do
Brasil da época, mas permanece muito atual. Nas palavras do crítico Sábato
Magaldi, “De todas as peças que analisaram a situação brasileira pós-1964, O
abajur lilás se distingue certamente como a mais incisiva, dura e violenta.
Plínio Marcos fundiu nela, mais do que em outras obras-primas suas, talento e
ira. A estrutura do poder ilegítimo está desmontada, para revelar, com
meridiana clareza, seu ríctus sinistro.”
Serviço:
Evento: Teatro e
Resistência – leituras dramáticas
Finalidade: mostra de
peças de autores censurados, como Plínio Marcos,
Gianfrancesco Guarnieri, Chico
Buarque, Millôr Fernandes e outros
Onde: SINTTEL – Alexandre
Amorim, 392, Aparecida
Recomendado para maiores
de 16 anos.
Entrada franca.