Amigos do Fingidor

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Zona de Guerrilha Franca



Zemaria Pinto


296 – Não se pode negar o talento histriônico do novo governo: um pastelão dos Trapalhões, com Tiririca no papel principal. Com todo respeito aos palhaços.

297 – O presidente-tiririca-trapalhão tem um método: primeiro ele diz que faz; depois ele desfaz o que disse que ia fazer.

298 – E porque ele desfaz? Porque a reação – especialmente, da mídia – o leva a isso.

299 – No caso do aumento do IOF e da redução da alíquota do IR, entretanto, ele foi desmentido (o verbo é esse mesmo), foi desmentido por subalternos do segundo escalão.

300 – É um idiota, agindo às cegas, fazendo o que a canalha em volta manda ele fazer.

301 – E enquanto isso, nem o Queiroz e nem o primeiro filho (ou será o segundo?) dão qualquer satisfação ao MP. Arrogantes, estão acima da lei nesta barafunda chamada Brasil.

302 – Dia 1º de janeiro marcou o início do fim do governo do palhaço presidente. Ou devo dizer do presidente palhaço?

303 – O que assistimos, nestes últimos 10 dias, foi um desfile de baboseiras, dignas do mais reles reality show. Perto desse amontoado de asnices, o BBB parece uma tragédia shakespeariana.

304 – Tirar a exigência de referências bibliográficas dos livros escolares é a institucionalização das fake news. Mais que nunca, a verdade é uma abstração e a mentira é a única certeza.

305 – Estou contando os segundos para ver os nossos representantes em Davos. Pena que o idiota supremo não estará lá para ver a performance dos seus seguidores, os trumpboys e as olavettes.

306 – Acabaram com o Ministério da Cultura. Até aí morreu o Neves, como diria minha avó.

307 – O que incomoda é que o departamento em que se transformou o ministério está sob o manto cor-de-rosa da ministra palhaça – ou devo dizer palhaça ministra? – aquela mesma que trepou com Jesus na goiabeira.

308 – Aos meus colegas artistas que vestiram a camisa podre da CBF, em vez de empunhar um livro, e agora fazem mimimi, virando o beicinho, lembro minha sábia Mãe-Velha: agora é tarde, Inês é morta.