Zemaria Pinto
296 – Não se pode negar o
talento histriônico do novo governo: um pastelão dos Trapalhões, com Tiririca
no papel principal. Com todo respeito aos palhaços.
297 – O
presidente-tiririca-trapalhão tem um método: primeiro ele diz que faz; depois
ele desfaz o que disse que ia fazer.
298 – E porque ele
desfaz? Porque a reação – especialmente, da mídia – o leva a isso.
299 – No caso do aumento
do IOF e da redução da alíquota do IR, entretanto, ele foi desmentido (o verbo
é esse mesmo), foi desmentido por subalternos do segundo escalão.
300 – É um idiota, agindo
às cegas, fazendo o que a canalha em volta manda ele fazer.
301 – E enquanto isso,
nem o Queiroz e nem o primeiro filho (ou será o segundo?) dão qualquer
satisfação ao MP. Arrogantes, estão acima da lei nesta barafunda chamada
Brasil.
302 – Dia 1º de janeiro
marcou o início do fim do governo do palhaço presidente. Ou devo dizer do
presidente palhaço?
303 – O que assistimos,
nestes últimos 10 dias, foi um desfile de baboseiras, dignas do mais reles reality show. Perto desse amontoado de
asnices, o BBB parece uma tragédia shakespeariana.
304 – Tirar a exigência
de referências bibliográficas dos livros escolares é a institucionalização das fake news. Mais que nunca, a verdade é
uma abstração e a mentira é a única certeza.
305 – Estou contando os
segundos para ver os nossos representantes em Davos. Pena que o idiota supremo
não estará lá para ver a performance dos seus seguidores, os trumpboys e as
olavettes.
306 – Acabaram com o
Ministério da Cultura. Até aí morreu o Neves, como diria minha avó.
307 – O que incomoda é
que o departamento em que se transformou o ministério está sob o manto
cor-de-rosa da ministra palhaça – ou devo dizer palhaça ministra? – aquela mesma
que trepou com Jesus na goiabeira.
308 – Aos meus colegas
artistas que vestiram a camisa podre da CBF, em vez de empunhar um livro, e agora
fazem mimimi, virando o beicinho, lembro minha sábia Mãe-Velha: agora é tarde,
Inês é morta.