Amigos do Fingidor

sexta-feira, 5 de março de 2021

Bolero's Bar 28

 Lama 

Zemaria Pinto


Liberdade. Essa é a palavra. Liberdade de fazer o que quero, quando quero e com quem. É verdade que nem sempre vou poder fazer onde quero, mas... É por isso que calúnia e fofoca não colam em mim. Ainda mais, de quem já comeu na minha mão. É ignorar, simplesmente. Minha avó tinha um ditado: quem com porcos anda chafurda com eles. Para uns, a lama é um estágio; para outros, permanência e destino. O melhor é fazer de conta que o paspalho morreu. Foi atropelado pela manduquinha, pronto! Morto não fala, não difama, não mente. A morte do opressor é a libertação do oprimido.      

 

Lama (1952), de Ailce Chaves (?) e Paulo Marques (?). Samba-canção.

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