.
o velho, os peixes prateados, a rã verde. eram sempre os mesmos, e chegavam com a chuva.o que pretendiam? de onde vinham?
nunca se soube. chegavam silenciosos. partiam mais silenciosos.
num desses temporais memoráveis, só a rã decidiu permanecer no vilarejo.
ainda hoje coaxa, solitária, no escuro brejo. coaxa, coaxa, coaxa; talvez à espera de novos temporais.
(Adrino Aragão)