Amigos do Fingidor

quinta-feira, 14 de abril de 2016

E o sol da liberdade?



Paulo Sérgio Medeiros

O dia amanheceu pálido. Onde foi parar o sol da liberdade em raios fúlgidos? E o povo heroico que conquistou o penhor da igualdade com braços fortes? Será que ficou na porta estacionando os carros?
Alguém, por favor, salve! salve! minha Pátria amada, terra adorada, tão bela, porém agora programada pra só dizer sim. O gigante – pela própria natureza – acordou, foi às ruas de cara pintada. Não mostrou a cara.  Já não é mais forte.  Será que é o seu fim?
Minha Pátria atravessou a rua sem olhar para os lados. Desafiou a própria morte.  E tudo indica que ficará eternamente deitada aos brados retumbantes. Ó mãe gentil, por onde andaste que nunca aconselhaste teu filho a não aceitar nada de estranhos? Brasil, quem te ofereceu esse cigarro com a promessa de lindos campos prenhes de flores?
Agora tu ergues da injustiça a clava forte e tua imagem resplandece as margens plácidas. Qual é o teu negócio? Paz no passado e glória no futuro?  Desse jeito até quem te adora fugirá à luta.  Pensando seriamente em ir em busca de terras mais garridas.