Jorge Tufic
ra
terra ter
rat erra ter
rate rra
ter
rater ra
ter
raterr a ter
raterra terr
araterra ter
raraterra te
rraraterra t
erraraterra
terraraterra
perguntamos: seria contraditório se o
Leitor - convencionalmente grafado com L maiúsculo quando nos referimos à
Poesia Concreta - permanecesse no campo da evidência, da constatação pura de
que se trata de um arranjo matemático de letras e/ou Espaços em Branco (EB), de
tal forma que se tem a impressão de ‘campo lavrado’, ‘cavado’, ‘aterrado’ - um
cemitério -, onde a visualização do t lembraria um grande número de
cruzes? (Não nos esqueçamos de que os túmulos, no cemitério, não obedecem a um
alinhamento rígido). (“Na poesia interessa o que não é poesia”, Hygia
Therezinha Calmon Ferreira, início de análise do poema de Décio Pignatári, com
duração de mais quatro páginas e meia, Instituto de Biociências, letras e
Ciências Exatas, uni. Est. Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, São José do Rio
Preto, 1980).
o ho
m
e
m
n
o
e
s
p
a
ço
(jorge
tufic)
análise: poema figurativo, concreto,
que sugere ou procura mostrar o homem no espaço, livre da gravidade e,
possivelmente, guarnecido por algum equipamento especial de proteção contra a
radioatividade. Figurativo porque se desenha, com as próprias letras que lhe
serviriam de título. E concreto porque limitado referencialmente ao seu próprio
objeto e objetivo. Os poetas concretos ortodoxos poderão considerá-lo, no
entanto, pré ou pós concreto, senão apenas um poema figurativo. Contudo, há
nele bastante plástica e conteúdo para várias outras colocações.
Como
objeto de análise, qualquer poema ou estrutura poemática vai da mais simples a
mais complexa (como em tudo).
BIBLIOGRAFIA
1. Accioly, Marcus, “Poética”,
manifesto, 1982, Recife-Pe.
2. Brasil, Assis, “Vocabulário Técnico
de Literatura”, Ed. De Ouro, 1979.
3. Coelho, Nelly Novaes, “Literatura
& Linguagem”, Ed. Quíron, 1986, SP.
4. Campos, Geir, “Pequeno Dicionário de
Arte Poética”, Ed. Conquista, 1960.
5. Cegalla, Domingos Paschoal,
“Novíssima Gramática de Língua Portuguesa”.
6. Enciclopédia Mirador Internacional”,
1981, Brasil.
7. Pound, Ezra, “ABC da Literatura”,
Ed. Cultrix, 3ª ed., 1982.
8. Ricardo, Cassiano, “Algumas
Reflexões sobre Poética de vanguarda”, Liv. José Olímpio Editora, 1964.
9. Silva, Alencar, “Poesia Reunida”,
ed. Puxirum, 1986, Manaus-Am.
10. Tufic, Jorge, “Da Inquietação
Lógico-Discursiva ao Poema-Visual”, Rev.
Do Conselho Estadual de Cultura, Ano 2,
nº 2, Manaus-Am.
11. Xavier, Raul, “Vocabulário de
Poesia”, Imago-MEC, 1978.